Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/04/2007 - 12h40

Lula convoca líderes do governo para tentar barrar CPI do Apagão no Senado

Publicidade

ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Preocupado com a possibilidade de o Senado investigar a crise aérea ao mesmo tempo em que a Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e a líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA), para discutir o assunto.

Segundo Jucá, o governo não quer a CPI do Apagão Aéreo no Senado porque isso poderia significar a paralisação das duas Casas Legislativas.

"Queremos evitar a CPI aqui no Senado porque entendemos que hoje não há clima para isso na Casa. Queremos mostrar, com bom senso, que nós estamos num ritmo de votações e de questões que são emblemáticas e necessárias de serem aprovadas nesse semestre e uma CPI, de certa forma, tumultua esse relacionamento", afirmou.

Jucá sinalizou que o governo pode fechar um acordo com a oposição para que a CPI seja instalada apenas na Câmara. "Em política, o entendimento é sempre possível. Se houver um entendimento com a Câmara de ter CPI lá, ótimo. Transcorrerá dentro do limite da legislação", disse.

O senador reconheceu o "direito" de a oposição instalar uma CPI do Apagão Aéreo no Senado e outra na Câmara sobre o mesmo assunto, mas ponderou que está "questionando as circunstâncias políticas, se é bom ou não para a Casa".

Oposição

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que a mobilização do Planalto para tentar barrar a CPI no Senado demonstra que "o governo pode muita coisa, mas não pode tudo". "Não pode, inclusive, impedir CPIs."

O senador disse que a oposição já conta com 28 assinaturas favoráveis à instalação da CPI no Senado e que "vai chegar com tranqüilidade a 35", número mais do que suficiente para viabilizar as investigações.

Na avaliação do senador, dificilmente o Senado irá abrir mão de instalar uma CPI. Ele admitiu, no entanto, que, assim que as 35 assinaturas forem coletadas, haverá uma reunião do PSDB e dos Democratas (ex-PFL) para discutir o que fazer. Conforme Virgílio, a oposição está dividida.

Os Democratas estariam mais decididos em instalar a CPI no Senado mesmo que a da Câmara saia do papel. Já os tucanos estariam mais suscetíveis a um acordo para que a CPI fique restrita à Câmara. Na avaliação de Virgílio, a CPI no Senado é importante porque há um equilíbrio maior de força entre governo e oposição, o que evitaria qualquer tentativa do Planalto de neutralizar as investigações.

Leia mais
  • Para tentar barrar CPI no Senado, governo admite instalar comissão na Câmara
  • Relatórios mostram falhas no controle aéreo brasileiro
  • Oposição coleta assinaturas para abrir CPI do Apagão no Senado
  • Oposição cobra CPI do Apagão e diz que falta comandante para crise
  • Infraero adia decisão de afastar dirigentes
  • Procuradoria diz que dificilmente STF vota CPI do Apagão na próxima semana

    Especial
  • Leia mais sobre a CPI do Apagão
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página