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17/04/2007
-
18h38
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal informou que o juiz do TRT (Tribunal Regional de Trabalho) de Campinas Ernesto da Luz Pinto Dória admitiu em depoimento no final de semana a existência de um esquema de venda de sentenças favoráveis à máfia de jogos ilegais. Ele foi preso com mais 24 pessoas na sexta-feira pela PF durante a Operação Hurricane (furacão, em inglês).
A PF não deu mais detalhes sobre o depoimento de Dória. Mas fontes da PF informaram que ele foi um dos poucos a colaborar com as investigações. Dos 25 presos, 20 já prestaram depoimento e a maioria preferiu se manter em silêncio alegando que seus advogados ainda não tiveram acesso aos autos do inquérito.
A PF espera que essa situação mude daqui para a frente, já que o STF (Supremo Tribunal Federal) já autorizou os advogados dos presos a terem acesso ao processo. Um CD dos autos já teria sido entregue a eles.
João Mestieri, advogado do procurador da República João Sérgio Leal --preso pela PF-- minimizou a confissão de Dória.
"Alguém segregado e em situação de desespero pode afirmar qualquer coisa. O meu cliente, eu garanto, não vendeu nada", afirmou o advogado.
Os presos estão na sede da Superintendência da PF, em Brasília. Na quarta-feira termina o prazo de prisão temporária, mas a PF irá pedir a prorrogação por mais cinco dias. Para agilizar o trâmite, o pedido deve ser feito pela Procuradoria-Geral da República --que mandaria o despacho diretamente para o STF.
A operação desvendou uma organização criminosa que compraria sentenças judiciais para favorecer empresários de casas de jogos e caça níqueis. Entre os envolvidos estão três desembargadores, um procurador regional da República (afastado), três delegados da Polícia Federal, empresários, advogados e bicheiros.
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A PF não deu mais detalhes sobre o depoimento de Dória. Mas fontes da PF informaram que ele foi um dos poucos a colaborar com as investigações. Dos 25 presos, 20 já prestaram depoimento e a maioria preferiu se manter em silêncio alegando que seus advogados ainda não tiveram acesso aos autos do inquérito.
A PF espera que essa situação mude daqui para a frente, já que o STF (Supremo Tribunal Federal) já autorizou os advogados dos presos a terem acesso ao processo. Um CD dos autos já teria sido entregue a eles.
João Mestieri, advogado do procurador da República João Sérgio Leal --preso pela PF-- minimizou a confissão de Dória.
"Alguém segregado e em situação de desespero pode afirmar qualquer coisa. O meu cliente, eu garanto, não vendeu nada", afirmou o advogado.
Os presos estão na sede da Superintendência da PF, em Brasília. Na quarta-feira termina o prazo de prisão temporária, mas a PF irá pedir a prorrogação por mais cinco dias. Para agilizar o trâmite, o pedido deve ser feito pela Procuradoria-Geral da República --que mandaria o despacho diretamente para o STF.
A operação desvendou uma organização criminosa que compraria sentenças judiciais para favorecer empresários de casas de jogos e caça níqueis. Entre os envolvidos estão três desembargadores, um procurador regional da República (afastado), três delegados da Polícia Federal, empresários, advogados e bicheiros.
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