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18/04/2007
-
10h50
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A greve da Polícia Federal iniciada nesta quarta-feira prejudica as investigações da organização criminosa descoberta pela Operação Hurricane (furacão, em inglês), deflagrada na sexta-feira passada com a prisão de 25 pessoas.
A Folha Online apurou que o INC (Instituto Nacional de Criminalística) aderiu ao movimento, o que significa que a análise do material apreendido pela PF nos endereços de bicheiros, advogados e desembargadores presos na última sexta-feira irá atrasar.
É o INC que irá avaliar o valor das jóias e dos veículos apreendidos -- 51 carros e quatro motos. A perícia dos carros seria feita ontem, mas por causa da chuva foi suspensa. Hoje, o motivo é a greve.
Os 20 policiais que participam das investigações da operação também aderiram à greve da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira.
O grupo de inteligência trabalha na análise dos documentos apreendidos e é responsável pelo interrogatório dos 25 presos acusados de integrarem uma organização criminosa especializada na compra de sentenças judiciais para favorecer bingueiros e bicheiros.
A paralisação surpreendeu dirigentes da PF que avaliaram ontem que ao menos o setor de inteligência não iria cruzar os braços. Com a decisão dos policiais, não haverá depoimentos nem análise de documentos da operação nesta quarta-feira.
Sandro Avelar, da Associação Nacional dos Delegados da PF, disse que hoje que a suspensão dos depoimentos foi provocada pela paralisação.
Dos 25 presos, 20 já prestaram depoimento. Ontem, a PF não ouviu nenhum preso. Nesse caso, para aguardar que os advogados pudessem ter conhecimento dos autos numa tentativa de que seus clientes colaborem mais com as investigações. Por determinação do STF, os presos pela Operação vão ficar mais cinco dias na cadeia.
Paralisação
Equipes da PF de todo o país realizam uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira. No final da manhã, cerca de 300 pessoas --segundo estimativas da PM (Polícia Militar)-- participavam de uma caminhada da sede da PF até a Esplanada dos Ministérios, no centro da cidade.
Os servidores da PF protestam pelo não-cumprimento de um acordo de reajuste salarial que foi firmado com o governo federal em 2006. Eles reivindicam o pagamento de um aumento de 30% previsto no documento. Semanas atrás, o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chegou a negar a existência do acordo.
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da Folha Online, em Brasília
A greve da Polícia Federal iniciada nesta quarta-feira prejudica as investigações da organização criminosa descoberta pela Operação Hurricane (furacão, em inglês), deflagrada na sexta-feira passada com a prisão de 25 pessoas.
Polícia Federal |
Dinheiro apreendido pela Polícia Federal na Operação Hurricane (furacão, em inglês) |
É o INC que irá avaliar o valor das jóias e dos veículos apreendidos -- 51 carros e quatro motos. A perícia dos carros seria feita ontem, mas por causa da chuva foi suspensa. Hoje, o motivo é a greve.
Os 20 policiais que participam das investigações da operação também aderiram à greve da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira.
O grupo de inteligência trabalha na análise dos documentos apreendidos e é responsável pelo interrogatório dos 25 presos acusados de integrarem uma organização criminosa especializada na compra de sentenças judiciais para favorecer bingueiros e bicheiros.
A paralisação surpreendeu dirigentes da PF que avaliaram ontem que ao menos o setor de inteligência não iria cruzar os braços. Com a decisão dos policiais, não haverá depoimentos nem análise de documentos da operação nesta quarta-feira.
Sandro Avelar, da Associação Nacional dos Delegados da PF, disse que hoje que a suspensão dos depoimentos foi provocada pela paralisação.
Polícia Federal |
Dinheiro apreendido pela Polícia Federal na Operação Hurricane (furacão, em inglês) |
Paralisação
Equipes da PF de todo o país realizam uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira. No final da manhã, cerca de 300 pessoas --segundo estimativas da PM (Polícia Militar)-- participavam de uma caminhada da sede da PF até a Esplanada dos Ministérios, no centro da cidade.
Os servidores da PF protestam pelo não-cumprimento de um acordo de reajuste salarial que foi firmado com o governo federal em 2006. Eles reivindicam o pagamento de um aumento de 30% previsto no documento. Semanas atrás, o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chegou a negar a existência do acordo.
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