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18/04/2007
-
12h24
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A Corregedoria da Câmara dos Deputados vai investigar o suposto envolvimento da deputada Marina Maggessi (PPS-RJ) em um esquema de financiamento de candidatos nas eleições de 2006. Esses candidatos teriam sido financiados pelo bicheiro Aílton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, preso na sexta-feira passada pela Polícia Federal durante a Operação Hurricane (furacão, em inglês).
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), encaminhou ofício à corregedoria pedindo a abertura das investigações.
Chinaglia afirmou, no entanto, que que a deputada tem direito a apresentar sua versão antes de qualquer especulação sobre seu envolvimento no esquema.
"A denúncia é grave. Entretanto, é preciso saber se existe algum tipo de realidade na denúncia. Então, nós temos que ter acima de tudo o direito de defesa para qualquer cidadão, até porque nem sempre as denúncias se confirmam", afirmou Chinaglia.
Segundo o presidente da Câmara, é papel da corregedoria analisar com cautela as denúncias contra a deputada. "Já fizemos um ofício para analisar o caso desde a primeira notícia onde ela aparece envolvida numa escuta feita pela Polícia Federal. Vamos aguardar a análise", afirmou.
Relatório da PF diz que a deputada recebeu recursos da organização criminosa por meio de caixa dois --recursos não declarados à Justiça Eleitoral. A intermediação do negócio seria feita por um conhecido de Maggessi, o policial civil Fernando "Salsicha".
Investigação política
O líder do PPS na Câmara, deputado Fernando Coruja (SC), considerou estranho o fato de somente o nome da deputada ter sido divulgado pela PF se há suspeita de envolvimento de outros parlamentares no esquema.
"A preocupação maior que temos é estarem vazando coisas pontuais. Se a denúncia for verdadeira, várias pessoas estão envolvidas. Por que só vazar o nome da deputada? Começa a dar impressão que algum setor da polícia está com ação política", disse.
O líder conversou nesta manhã, por telefone, com Maggessi --que negou ter recebido recursos da organização criminosa. "Ela nega as acusações, disse que não receberia recursos do jogo do bicho. Mas a deputada terá que se explicar", afirmou Coruja.
As informações sobre o suposto envolvimento da deputada estão em inquérito da PF, baseadas em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Nos diálogos, o policial civil identificado como Fernando "Salsicha" falaria em nome da deputada ao conversar com o também policial civil Marcos Antonio dos Santos Bretas, o "Marcão" --que atuaria como distribuidor da propina oferecida pelos bicheiros, segundo a PF.
A deputada esteve envolvida em outra polêmica recentemente quando surgiram gravações telefônicas mostrando que ela sugeriu a um colega "dar uns tiros" em um policial --desafeto seu. Chinaglia chegou a afirmar que analisaria o caso para ver se seria necessária abrir uma investigação na Corregedoria da Casa.
Com Folha de S.Paulo
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da Folha Online, em Brasília
A Corregedoria da Câmara dos Deputados vai investigar o suposto envolvimento da deputada Marina Maggessi (PPS-RJ) em um esquema de financiamento de candidatos nas eleições de 2006. Esses candidatos teriam sido financiados pelo bicheiro Aílton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, preso na sexta-feira passada pela Polícia Federal durante a Operação Hurricane (furacão, em inglês).
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), encaminhou ofício à corregedoria pedindo a abertura das investigações.
Chinaglia afirmou, no entanto, que que a deputada tem direito a apresentar sua versão antes de qualquer especulação sobre seu envolvimento no esquema.
"A denúncia é grave. Entretanto, é preciso saber se existe algum tipo de realidade na denúncia. Então, nós temos que ter acima de tudo o direito de defesa para qualquer cidadão, até porque nem sempre as denúncias se confirmam", afirmou Chinaglia.
Segundo o presidente da Câmara, é papel da corregedoria analisar com cautela as denúncias contra a deputada. "Já fizemos um ofício para analisar o caso desde a primeira notícia onde ela aparece envolvida numa escuta feita pela Polícia Federal. Vamos aguardar a análise", afirmou.
Relatório da PF diz que a deputada recebeu recursos da organização criminosa por meio de caixa dois --recursos não declarados à Justiça Eleitoral. A intermediação do negócio seria feita por um conhecido de Maggessi, o policial civil Fernando "Salsicha".
Investigação política
O líder do PPS na Câmara, deputado Fernando Coruja (SC), considerou estranho o fato de somente o nome da deputada ter sido divulgado pela PF se há suspeita de envolvimento de outros parlamentares no esquema.
"A preocupação maior que temos é estarem vazando coisas pontuais. Se a denúncia for verdadeira, várias pessoas estão envolvidas. Por que só vazar o nome da deputada? Começa a dar impressão que algum setor da polícia está com ação política", disse.
O líder conversou nesta manhã, por telefone, com Maggessi --que negou ter recebido recursos da organização criminosa. "Ela nega as acusações, disse que não receberia recursos do jogo do bicho. Mas a deputada terá que se explicar", afirmou Coruja.
As informações sobre o suposto envolvimento da deputada estão em inquérito da PF, baseadas em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Nos diálogos, o policial civil identificado como Fernando "Salsicha" falaria em nome da deputada ao conversar com o também policial civil Marcos Antonio dos Santos Bretas, o "Marcão" --que atuaria como distribuidor da propina oferecida pelos bicheiros, segundo a PF.
A deputada esteve envolvida em outra polêmica recentemente quando surgiram gravações telefônicas mostrando que ela sugeriu a um colega "dar uns tiros" em um policial --desafeto seu. Chinaglia chegou a afirmar que analisaria o caso para ver se seria necessária abrir uma investigação na Corregedoria da Casa.
Com Folha de S.Paulo
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