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18/04/2007
-
16h32
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O deputado Mão Branca (PV-BA) subiu hoje à tribuna da Câmara para protestar contra o ato da Mesa Diretora que pretende proibir o uso de chapéu no plenário da Casa. Com o chapéu de couro em estilo sertanejo na cabeça, Mão Branca disse que os parlamentares estão sendo intolerantes com sua decisão de continuar usando o chapéu.
"Por que esse chapéu incomoda tanto? Se para muitos é ridículo o meu chapéu, para tantos também é a peruca, o brinco, o piercing, a tatuagem, o cabelo comprido. E nem por isso há perseguição aos que usam isso. E nem deveria", afirmou.
O deputado disse que o chapéu faz parte da sua história e citou o exemplo de países como a China, onde os parlamentares podem usar trajes típicos no parlamento para exaltar suas culturas.
"Isso sim considero evolução política. Com esse meu chapéu, além de me sentir bem, gostaria que ele fosse a representação de uma classe, de uma gente quase sempre vítima do esquecimento político desse país: o nordestino, o vaqueiro, o trabalhador rural, esses bravos de mão grossa que impulsionam esse país."
Mão Branca discursou para um plenário quase vazio, mas o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), presidente da sessão, acompanhou atento o discurso do colega. Primeiro vice-presidente da Câmara, Nárcio foi um dos parlamentares que se mostrou contrário ao uso do chapéu no plenário. E explicou a Mão Branca que o ato da Mesa Diretora não tem como foco apenas o seu chapéu.
"Essa questão não é só para o seu chapéu, deputado. Foi uma questão de ordem levantada por outros deputados para regulamentar o uso de vestimentas por outros parlamentares", justificou.
Música
Ao final do discurso, Mão Branca apresentou uma proposta polêmica ao plenário recebida de um de seus eleitores: que a Câmara comece as sessões ao som de música brasileira.
"Ao invés de baixo astral, depressão, imagem na lama, a Câmara deveria começar as suas sessões com um som regional. Todo mês um Estado da federação deveria ser mostrado e celebrado", defendeu.
O deputado já ingressou no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a possível proibição pelo presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), do uso do chapéu. A Câmara ainda não editou o ato da Mesa Diretora que vai normatizar a vestimenta dos deputados no plenário da Casa Legislativa.
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Mão Branca defende uso de chapéu e sugere que sessões comecem com música
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da Folha Online, em Brasília
O deputado Mão Branca (PV-BA) subiu hoje à tribuna da Câmara para protestar contra o ato da Mesa Diretora que pretende proibir o uso de chapéu no plenário da Casa. Com o chapéu de couro em estilo sertanejo na cabeça, Mão Branca disse que os parlamentares estão sendo intolerantes com sua decisão de continuar usando o chapéu.
Divulgação |
Mesa da Câmara deve proibir o uso de chapéu no plenário. Decisão deve atingir Mão Branca |
O deputado disse que o chapéu faz parte da sua história e citou o exemplo de países como a China, onde os parlamentares podem usar trajes típicos no parlamento para exaltar suas culturas.
"Isso sim considero evolução política. Com esse meu chapéu, além de me sentir bem, gostaria que ele fosse a representação de uma classe, de uma gente quase sempre vítima do esquecimento político desse país: o nordestino, o vaqueiro, o trabalhador rural, esses bravos de mão grossa que impulsionam esse país."
Mão Branca discursou para um plenário quase vazio, mas o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), presidente da sessão, acompanhou atento o discurso do colega. Primeiro vice-presidente da Câmara, Nárcio foi um dos parlamentares que se mostrou contrário ao uso do chapéu no plenário. E explicou a Mão Branca que o ato da Mesa Diretora não tem como foco apenas o seu chapéu.
"Essa questão não é só para o seu chapéu, deputado. Foi uma questão de ordem levantada por outros deputados para regulamentar o uso de vestimentas por outros parlamentares", justificou.
Música
Ao final do discurso, Mão Branca apresentou uma proposta polêmica ao plenário recebida de um de seus eleitores: que a Câmara comece as sessões ao som de música brasileira.
"Ao invés de baixo astral, depressão, imagem na lama, a Câmara deveria começar as suas sessões com um som regional. Todo mês um Estado da federação deveria ser mostrado e celebrado", defendeu.
O deputado já ingressou no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a possível proibição pelo presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), do uso do chapéu. A Câmara ainda não editou o ato da Mesa Diretora que vai normatizar a vestimenta dos deputados no plenário da Casa Legislativa.
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