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19/04/2007 - 11h04

Polícia Federal conclui depoimentos de presos em megaoperação

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A Polícia Federal ouviu ontem à noite os cinco presos na Operação Hurricane (furacão, em inglês) que ainda não tinham prestado depoimento sobre suposta participação na máfia de jogos. Com isso, a PF concluiu a fase inicial de interrogatórios das 25 pessoas detidas na sexta-feira passada. Os outros 20 suspeitos já tinham prestado depoimento --17 foram ouvidos no fim de semana e três na segunda-feira.

Segundo a PF, foram ouvidos ontem os presos Virgílio Medina, Marcos Bretas, Sérgio Luzio, José Luiz Rebelo, Jaime Garcia Dias.

Os depoimentos começaram ontem à noite e entraram pela madrugada devido à paralisação de 24 horas dos agentes da PF. A greve foi encerrada à meia-noite.

A Folha Online apurou que a PF deve fazer nova rodada de depoimentos.

A investigação se concentra agora com a análise dos documentos apreendidos. A PF avalia que precisará de pelo menos mais dez dias para concluir a análise das duas toneladas de documentos apreendidos com os acusados. Esse prazo considera que os 20 policiais envolvidos na investigação irão trabalhar todos os dias, das 9h às 21h.

A megaoperação da Polícia Federal atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, quadrilha e lavagem de dinheiro.

Entre os presos estão o ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.

A Polícia Federal considera já ter reunido elementos suficientes para pedir a prisão preventiva dos 25 presos. O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou na terça-feira a prorrogação da prisão temporária deles por mais cinco dias.

Para a PF, há elementos que comprovam a ligação dos presos com uma organização criminosa especializada na compra de sentenças judiciais para favorecer a máfia de jogos.

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