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19/04/2007
-
12h27
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Raphael de Barros Monteiro Filho, encaminhou hoje um ofício ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cezar Peluso sobre as investigações sobre o esquema de venda de sentenças judicias para favorecer a máfia de jogos. O ministro do STJ Paulo Medina foi alvo de investigação e quebra de sigilo bancário da Operação Hurricane (furacão), que prendeu 25 pessoas na sexta-feira passada e cumpriu 70 mandados de busca e apreensão.
No ofício encaminhado ao STF, o presidente do STJ informa que "diante do noticiário envolvendo pessoa dessa Corte e com vista a um posicionamento do tribunal", ele solicita informações referentes às denúncias contra Medina.
Para o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, haveria indícios de que um assessor do ministro --Fernando Rodrigues-- teria operado como intermediário na venda de sentenças.
Ontem, o advogado de Medina, Antonio Carlos de Almeida Castro, sinalizou que seu cliente pode pedir para se afastar do STJ até o encerramento das investigações da Operação Hurricane.
Desde a última sexta, quando a operação se tornou pública, Medina tem faltado às sessões do STJ.
Defesa
No relatório do inquérito, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República apontaram "fortes indícios" de que Medina tinha ligação com a organização criminosa.
Para os dois órgãos, segundo reportagem da Folha, Medina pode ter negociado por R$ 1 milhão, por intermédio de seu irmão Virgílio Medina, liminar concedida no ano passado liberando 900 máquinas caça-níqueis apreendidas em Niterói.
Almeida Castro disse ontem que seu cliente não tinha conhecimento de que Virgílio Medina trabalhava pela liberação de máquinas caça-níqueis apreendidas no Rio de Janeiro.
"Se é verdade que aquele processo de R$ 1 milhão é de relatoria dele, é grave e tem que ser analisado. Ele não sabia disso [do interesse do irmão]. Tomou conhecimento pela divulgação dos grampos. Nunca tratou desse assunto com o irmão", afirmou o advogado.
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Raphael de Barros Monteiro Filho, encaminhou hoje um ofício ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cezar Peluso sobre as investigações sobre o esquema de venda de sentenças judicias para favorecer a máfia de jogos. O ministro do STJ Paulo Medina foi alvo de investigação e quebra de sigilo bancário da Operação Hurricane (furacão), que prendeu 25 pessoas na sexta-feira passada e cumpriu 70 mandados de busca e apreensão.
No ofício encaminhado ao STF, o presidente do STJ informa que "diante do noticiário envolvendo pessoa dessa Corte e com vista a um posicionamento do tribunal", ele solicita informações referentes às denúncias contra Medina.
Para o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, haveria indícios de que um assessor do ministro --Fernando Rodrigues-- teria operado como intermediário na venda de sentenças.
Ontem, o advogado de Medina, Antonio Carlos de Almeida Castro, sinalizou que seu cliente pode pedir para se afastar do STJ até o encerramento das investigações da Operação Hurricane.
Desde a última sexta, quando a operação se tornou pública, Medina tem faltado às sessões do STJ.
Defesa
No relatório do inquérito, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República apontaram "fortes indícios" de que Medina tinha ligação com a organização criminosa.
Para os dois órgãos, segundo reportagem da Folha, Medina pode ter negociado por R$ 1 milhão, por intermédio de seu irmão Virgílio Medina, liminar concedida no ano passado liberando 900 máquinas caça-níqueis apreendidas em Niterói.
Almeida Castro disse ontem que seu cliente não tinha conhecimento de que Virgílio Medina trabalhava pela liberação de máquinas caça-níqueis apreendidas no Rio de Janeiro.
"Se é verdade que aquele processo de R$ 1 milhão é de relatoria dele, é grave e tem que ser analisado. Ele não sabia disso [do interesse do irmão]. Tomou conhecimento pela divulgação dos grampos. Nunca tratou desse assunto com o irmão", afirmou o advogado.
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