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19/04/2007 - 15h00

Câmara vai pedir à Justiça cópia de inquérito da Operação Hurricane

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) apresentou hoje requerimento ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para que a Casa Legislativa tenha acesso à cópia do inquérito da Operação Hurricane que investiga a venda de sentenças para favorecer a máfia de jogos. Miro argumenta que, como há indícios do envolvimento de parlamentares com o financiamento de campanhas eleitorais pelo jogo do bicho, a Câmara tem que acompanhar as investigações do Poder Judiciário.

"Não é uma investigação, mas sim acompanhar a que está sendo feita. Não podemos ver os fatos acontecendo em torno de parlamentares sem o nosso acompanhamento. É natural que todos os poderes se juntem no esforço de punir os envolvidos", disse Miro.

Reportagem da Folha desta quinta-feira cita nome de alguns deputados federais supostamente envolvidos, como a deputada Marina Maggessi (PPS-RJ) e Simão Sessim (PP-RJ). Inquérito da PF indica que há "indícios e provas" contra deputados que teriam sido beneficiados pelo esquema do jogo do bicho.

"Se não podemos ter tudo, pelo menos o que diz respeito a parlamentares. Temos que ter a responsabilidade com a transferência de sigilo", afirmou Miro.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que vai analisar o requerimento, mas não adiantou se poderá solicitar o inquérito à PF. Chinaglia teme que o documento não seja mantido sob sigilo se chegar às mãos da Câmara. "O assunto é de interesse da Casa. Vou analisar. A Câmara não pode ser a última a tomar conhecimento. De qualquer forma, precisamos ter cautela de não expor nenhum parlamentar. Já houve casos de vazamento", disse.

Chinaglia pediu que a Corregedoria da Câmara investigue o suposto envolvimento de Maggessi no esquema --já que a deputada foi a primeira a ter o nome citado no suposto financiamento. O corregedor da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), sinalizou que deve repassar as investigações à Justiça Eleitoral, sem a participação direta da Câmara.

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