Publicidade
Publicidade
19/04/2007
-
18h41
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governo federal já dá como certa a instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara e no Senado e se articula, nos bastidores, para tentar emplacar apenas uma comissão para investigar a crise aérea no Congresso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teme que as CPIs desviem o foco da votação de matérias consideradas prioritárias para o governo --principalmente o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Os líderes governistas negam que o assunto CPI tenha entrado na pauta da reunião de Lula com o conselho político do governo, realizada nesta manhã no Palácio do Planalto. Mas no final do encontro, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) fez uma consulta informal ao deputado Michel Temer (PMDB-SP) para questionar se há espaço jurídico para a instalação de apenas uma CPI.
O líder do governo na Câmara, deputado José Múcio (PTB-PE), negou que o objetivo do governo seja instalar CPI Mista no Congresso. Mas reconheceu que o Executivo trabalha para que as comissões não sejam criadas.
"Esse é o jogo do parlamento. O esforço que fazemos aqui é o mesmo que o DEM (ex-PFL) em São Paulo faz lá para não instalar CPI. Vira um palanque, por isso não interessa a comissão a nenhum governo", disse.
A base aliada espera a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a instalação da CPI na Câmara para analisar se as duas comissões terão o mesmo objeto de investigação --o que abre espaço para a instalação da CPI Mista.
O governo trabalha para que apenas a Câmara instale a CPI, uma vez que a base aliada de Lula terá maioria na comissão. No Senado, os governistas poderão indicar oito dos 13 membros da CPI, mas a oposição terá direito a sete cadeiras.
"Se eu disser que a CPI não vem, estaria enganando vocês. Eu imagino que o Supremo vai dizer qual deve ser o objeto da CPI. Vamos ver se é o mesmo do Senado", disse Múcio.
Leia mais
Oposição entrega ao Senado pedido de abertura de CPI do Apagão
Procurador dá parecer favorável à criação da CPI do Apagão
Chinaglia diz ser contrário à instalação de duas CPIs do Apagão Aéreo
Blog do Josias: Governo ainda não afastou "suspeitos" da Infraero
Governo admite instalar CPI na Câmara para impedir investigação no Senado
Relatórios mostram falhas no controle aéreo brasileiro
Especial
Leia mais sobre a CPI do Apagão
Governo atua para instalar apenas uma CPI do Apagão no Congresso
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O governo federal já dá como certa a instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara e no Senado e se articula, nos bastidores, para tentar emplacar apenas uma comissão para investigar a crise aérea no Congresso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teme que as CPIs desviem o foco da votação de matérias consideradas prioritárias para o governo --principalmente o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Os líderes governistas negam que o assunto CPI tenha entrado na pauta da reunião de Lula com o conselho político do governo, realizada nesta manhã no Palácio do Planalto. Mas no final do encontro, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) fez uma consulta informal ao deputado Michel Temer (PMDB-SP) para questionar se há espaço jurídico para a instalação de apenas uma CPI.
O líder do governo na Câmara, deputado José Múcio (PTB-PE), negou que o objetivo do governo seja instalar CPI Mista no Congresso. Mas reconheceu que o Executivo trabalha para que as comissões não sejam criadas.
"Esse é o jogo do parlamento. O esforço que fazemos aqui é o mesmo que o DEM (ex-PFL) em São Paulo faz lá para não instalar CPI. Vira um palanque, por isso não interessa a comissão a nenhum governo", disse.
A base aliada espera a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a instalação da CPI na Câmara para analisar se as duas comissões terão o mesmo objeto de investigação --o que abre espaço para a instalação da CPI Mista.
O governo trabalha para que apenas a Câmara instale a CPI, uma vez que a base aliada de Lula terá maioria na comissão. No Senado, os governistas poderão indicar oito dos 13 membros da CPI, mas a oposição terá direito a sete cadeiras.
"Se eu disser que a CPI não vem, estaria enganando vocês. Eu imagino que o Supremo vai dizer qual deve ser o objeto da CPI. Vamos ver se é o mesmo do Senado", disse Múcio.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice