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23/04/2007
-
17h57
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A base aliada do governo trabalha nos bastidores para retardar a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado. O objetivo é esperar pelo julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), que decide na quinta-feira se a comissão deve ser criada na Câmara.
Os governistas vão pressionar os líderes de partidos de oposição nesta terça-feira em busca de acordo --com o argumento de que a dupla investigação sobre a crise aérea vai retardar os trabalhos do Congresso.
"Se não houver acordo por parte da oposição, instalaremos [a CPI no Senado]. Mas queremos buscar consenso, que a oposição entendesse que essa duplicidade não é boa, pode até estremecer a relação das Casas. Ou então podemos pensar numa CPI mista que é muito mais producente", disse o senador Sibá Machado (PT-AC).
A oposição, entretanto, não se mostrou disposta a atender aos apelos dos governistas. O líder do DEM (ex-PFL) no Senado, José Agripino Maia (RN), reiterou que as duas Casas devem investigar a crise aérea sem prejuízos para as duas CPIs.
Já o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) se mostrou mais sensível aos apelos dos governistas, mas disse que a oposição vai cobrar investigações severas da crise aérea pela Câmara, se a CPI do Senado não sair do papel.
"Se houver entendimento de se instalar imediatamente a CPI na Câmara, tudo bem. Mas se a investigação na Câmara for um rolo compressor do governo, aí vamos instalar no Senado", disse Heráclito.
Manobra
Os governistas trabalham para instalar a CPI na Câmara porque têm maioria na Casa Legislativa. No Senado, a comissão será composta por sete governistas e seis membros da oposição --o que aumenta o risco para a base aliada.
Apesar de reconhecer a maioria governista na Câmara, Sibá disse que o governo quer apenas impedir a dupla investigação.
"Não se trata de ter força ou não ter força, a Câmara sabe bem o que faz. Então, se não se instalar na Câmara, se instale aqui [no Senado]. O que estamos reivindicando é que não se tenha duas CPIs com a mesma finalidade e mesmo procedimento, que só poderão prejudicar os trabalhos da Casa", afirmou.
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A base aliada do governo trabalha nos bastidores para retardar a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado. O objetivo é esperar pelo julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), que decide na quinta-feira se a comissão deve ser criada na Câmara.
Os governistas vão pressionar os líderes de partidos de oposição nesta terça-feira em busca de acordo --com o argumento de que a dupla investigação sobre a crise aérea vai retardar os trabalhos do Congresso.
"Se não houver acordo por parte da oposição, instalaremos [a CPI no Senado]. Mas queremos buscar consenso, que a oposição entendesse que essa duplicidade não é boa, pode até estremecer a relação das Casas. Ou então podemos pensar numa CPI mista que é muito mais producente", disse o senador Sibá Machado (PT-AC).
A oposição, entretanto, não se mostrou disposta a atender aos apelos dos governistas. O líder do DEM (ex-PFL) no Senado, José Agripino Maia (RN), reiterou que as duas Casas devem investigar a crise aérea sem prejuízos para as duas CPIs.
Já o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) se mostrou mais sensível aos apelos dos governistas, mas disse que a oposição vai cobrar investigações severas da crise aérea pela Câmara, se a CPI do Senado não sair do papel.
"Se houver entendimento de se instalar imediatamente a CPI na Câmara, tudo bem. Mas se a investigação na Câmara for um rolo compressor do governo, aí vamos instalar no Senado", disse Heráclito.
Manobra
Os governistas trabalham para instalar a CPI na Câmara porque têm maioria na Casa Legislativa. No Senado, a comissão será composta por sete governistas e seis membros da oposição --o que aumenta o risco para a base aliada.
Apesar de reconhecer a maioria governista na Câmara, Sibá disse que o governo quer apenas impedir a dupla investigação.
"Não se trata de ter força ou não ter força, a Câmara sabe bem o que faz. Então, se não se instalar na Câmara, se instale aqui [no Senado]. O que estamos reivindicando é que não se tenha duas CPIs com a mesma finalidade e mesmo procedimento, que só poderão prejudicar os trabalhos da Casa", afirmou.
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