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24/04/2007
-
09h03
da Folha Online
Depoimento de dois dos 25 presos na Operação Hurricane (furacão) da Polícia Federal confirma que a quadrilha dos jogos ilegais realmente existe. O esquema consiste na compra de sentenças judiciais favoráveis a bicheiros e donos de casas de bingo.
Reportagem da Folha (só para assinantes) desta terça-feira revela detalhes dos depoimentos sigilosos do juiz do Tribunal Regional do Trabalho em Campinas Ernesto Luiz Pinto Dória e do advogado Evandro da Fonseca, que confirmaram parte das irregularidades.
Segundo a reportagem, Dória disse em seu depoimento no dia 13 que a quadrilha se articulou em torno do ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região José Eduardo Carreira Alvim com o fim de obter "decisões judiciais compradas para manutenção da atividade do jogo". O advogado de Alvim nega a acusação.
Dória foi preso no dia 13, quando a PF deflagrou a operação, e deixou a carceragem da PF em Brasília por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na madrugada de ontem. Outros três magistrados e um procurador regional da República no Rio foram soltos no fim de semana.
Segundo a reportagem, o advogado Evandro fonseca disse no depoimento que foi feita arrecadação entre casas de bingo de R$ 500 mil para a compra de sentenças.
Hurricane
A operação da PF foi deflagrada no dia 13 com a prisão de 25 pessoas, entre magistrados, advogados, empresários, bicheiros e representantes do Carnaval do Rio. Segundo a PF, foram apreendidos US$ 700 mil em espécie e R$ 177 mil.
Entre as curiosidades da apreensão da PF está a lancha batizada de "Bandida" pertencente ao advogado Evandro da Fonseca.
Também foram encontradas 523 peças de jóias, entre pulseiras, brincos, anéis e colares, além de 160 relógios das marcas Mont Blanc, Bulova, Rolex, Tag Heuer, Suunto e Omega.
Entre os 51 veículos apreendidos havia modelos das marcas Mercedes, Audi, Pontiac, além de motos Harley Davidson.
A PF apreendeu ainda 14 pistolas de calibres diversos, além de outras de calibres restritos --.40 e .45, por exemplo. Foram encontradas ainda na casa dos presos cinco revólveres, além de 829 munições e três coletes balísticos.
Fonseca e as outras 20 pessoas que continuam presas em Brasília deverão prestar novo depoimento.
Têmis
Na seqüência da Operação Hurricane, a PF deflagrou em São Paulo a Operação Têmis , que também envolvem magistrados acusados de pertencer a uma quadrilha que vende sentença judiciais que beneficiava a máfia dos jogos.
Nenhuma pessoa foi presa, mas a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes e nas casas de três desembargadores (Roberto Haddad, Alda Bastos e Nery da Costa Júnior), dois juízes (Maria Cristina Cukierkorn e Djalma Moreira Gomes), uma funcionária da Receita Federal e um procurador da Fazenda Nacional (Sérgio Ayala).
De acordo com as investigações da PF, a suposta quadrilha pagava uma mensalidade de R$ 20 mil a R$ 30 mil em troca de sentenças favoráveis de desembargadores e juízes, além da facilitação aos créditos tributários por parte da funcionária da Receita Federal. O esquema contaria ainda com a participação de policiais civis.
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Dois acusados admitem existência de quadrilha dos jogos ilegais
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Depoimento de dois dos 25 presos na Operação Hurricane (furacão) da Polícia Federal confirma que a quadrilha dos jogos ilegais realmente existe. O esquema consiste na compra de sentenças judiciais favoráveis a bicheiros e donos de casas de bingo.
Reportagem da Folha (só para assinantes) desta terça-feira revela detalhes dos depoimentos sigilosos do juiz do Tribunal Regional do Trabalho em Campinas Ernesto Luiz Pinto Dória e do advogado Evandro da Fonseca, que confirmaram parte das irregularidades.
Segundo a reportagem, Dória disse em seu depoimento no dia 13 que a quadrilha se articulou em torno do ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região José Eduardo Carreira Alvim com o fim de obter "decisões judiciais compradas para manutenção da atividade do jogo". O advogado de Alvim nega a acusação.
Dória foi preso no dia 13, quando a PF deflagrou a operação, e deixou a carceragem da PF em Brasília por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na madrugada de ontem. Outros três magistrados e um procurador regional da República no Rio foram soltos no fim de semana.
Segundo a reportagem, o advogado Evandro fonseca disse no depoimento que foi feita arrecadação entre casas de bingo de R$ 500 mil para a compra de sentenças.
Hurricane
A operação da PF foi deflagrada no dia 13 com a prisão de 25 pessoas, entre magistrados, advogados, empresários, bicheiros e representantes do Carnaval do Rio. Segundo a PF, foram apreendidos US$ 700 mil em espécie e R$ 177 mil.
Entre as curiosidades da apreensão da PF está a lancha batizada de "Bandida" pertencente ao advogado Evandro da Fonseca.
Também foram encontradas 523 peças de jóias, entre pulseiras, brincos, anéis e colares, além de 160 relógios das marcas Mont Blanc, Bulova, Rolex, Tag Heuer, Suunto e Omega.
Entre os 51 veículos apreendidos havia modelos das marcas Mercedes, Audi, Pontiac, além de motos Harley Davidson.
A PF apreendeu ainda 14 pistolas de calibres diversos, além de outras de calibres restritos --.40 e .45, por exemplo. Foram encontradas ainda na casa dos presos cinco revólveres, além de 829 munições e três coletes balísticos.
Fonseca e as outras 20 pessoas que continuam presas em Brasília deverão prestar novo depoimento.
Têmis
Na seqüência da Operação Hurricane, a PF deflagrou em São Paulo a Operação Têmis , que também envolvem magistrados acusados de pertencer a uma quadrilha que vende sentença judiciais que beneficiava a máfia dos jogos.
Nenhuma pessoa foi presa, mas a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes e nas casas de três desembargadores (Roberto Haddad, Alda Bastos e Nery da Costa Júnior), dois juízes (Maria Cristina Cukierkorn e Djalma Moreira Gomes), uma funcionária da Receita Federal e um procurador da Fazenda Nacional (Sérgio Ayala).
De acordo com as investigações da PF, a suposta quadrilha pagava uma mensalidade de R$ 20 mil a R$ 30 mil em troca de sentenças favoráveis de desembargadores e juízes, além da facilitação aos créditos tributários por parte da funcionária da Receita Federal. O esquema contaria ainda com a participação de policiais civis.
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