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25/04/2007
-
09h29
KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal de São Paulo pedirá à Justiça a execução das quebras dos sigilos bancário e fiscal de cerca de 20 dos 43 nomes, entre pessoas físicas e jurídicas, investigados por suspeita de envolvimento com um suposto esquema de venda de sentenças judiciais a favor de bingos e fraudadores do fisco.
A informação foi dada ontem pela Superintendência da PF, que admitiu que o vazamento de informações da Operação Têmis --deusa grega da Justiça-- a suspeitos prejudicou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão de documentos na última sexta-feira.
Policiais envolvidos na investigação revelaram que a maior parte do material apreendido (mais de 80 sacolas foram utilizadas) "é lixo", ou em outras palavras: não tem valor como prova que incrimine alguém.
Os principais documentos para a investigação teriam sido retirados dias antes pelos investigados após o vazamento da operação. Por isso, a PF acredita que chegará aos chefes da quadrilha por meio das quebras dos sigilos dos suspeitos, além da delação premiada dos supostos envolvidos.
Segundo a PF, o objetivo das quebras dos sigilos é identificar eventuais recursos de origem suspeita nas contas e ver se houve lavagem de dinheiro (ocultação de bens financeiros de origem ilícita ou legalização desse dinheiro). A PF pretende ouvir hoje um dos três policiais civis suspeitos de obter e repassar informações sigilosas sobre a Operação Têmis a suspeitos de pertencerem à quadrilha.
O escrivão Celso Pereira de Almeida, o Xuxinha, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado deve prestar depoimento pela manhã. Os outros investigados são José Luiz Costa Alvarez, do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo e outro policial da 8ª Delegacia Seccional. Eles teriam recebido detalhes da operação por Washington Alves Rodrigues Gonçalves, funcionário da Telefônica --empresa que cuida das interceptações de sinais que era feito nos envolvidos no esquema.
Até ontem, duas testemunhas foram ouvidas no inquérito que apura o envolvimento de 43 pessoas num esquema de venda de sentenças judiciais a favor de bingos e fraudadores do fisco. O procurador da fazenda Sergio Gomes Ayala, investigado por favorecimento em matérias tributárias, chegou a ser chamado para depor, mas seus advogados afirmaram que ele só fará isso quando a defesa tiver acesso ao inquérito.
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da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal de São Paulo pedirá à Justiça a execução das quebras dos sigilos bancário e fiscal de cerca de 20 dos 43 nomes, entre pessoas físicas e jurídicas, investigados por suspeita de envolvimento com um suposto esquema de venda de sentenças judiciais a favor de bingos e fraudadores do fisco.
A informação foi dada ontem pela Superintendência da PF, que admitiu que o vazamento de informações da Operação Têmis --deusa grega da Justiça-- a suspeitos prejudicou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão de documentos na última sexta-feira.
Policiais envolvidos na investigação revelaram que a maior parte do material apreendido (mais de 80 sacolas foram utilizadas) "é lixo", ou em outras palavras: não tem valor como prova que incrimine alguém.
Os principais documentos para a investigação teriam sido retirados dias antes pelos investigados após o vazamento da operação. Por isso, a PF acredita que chegará aos chefes da quadrilha por meio das quebras dos sigilos dos suspeitos, além da delação premiada dos supostos envolvidos.
Segundo a PF, o objetivo das quebras dos sigilos é identificar eventuais recursos de origem suspeita nas contas e ver se houve lavagem de dinheiro (ocultação de bens financeiros de origem ilícita ou legalização desse dinheiro). A PF pretende ouvir hoje um dos três policiais civis suspeitos de obter e repassar informações sigilosas sobre a Operação Têmis a suspeitos de pertencerem à quadrilha.
O escrivão Celso Pereira de Almeida, o Xuxinha, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado deve prestar depoimento pela manhã. Os outros investigados são José Luiz Costa Alvarez, do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo e outro policial da 8ª Delegacia Seccional. Eles teriam recebido detalhes da operação por Washington Alves Rodrigues Gonçalves, funcionário da Telefônica --empresa que cuida das interceptações de sinais que era feito nos envolvidos no esquema.
Até ontem, duas testemunhas foram ouvidas no inquérito que apura o envolvimento de 43 pessoas num esquema de venda de sentenças judiciais a favor de bingos e fraudadores do fisco. O procurador da fazenda Sergio Gomes Ayala, investigado por favorecimento em matérias tributárias, chegou a ser chamado para depor, mas seus advogados afirmaram que ele só fará isso quando a defesa tiver acesso ao inquérito.
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