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26/04/2007 - 17h16

Oposição indica membros para CPI do Apagão no Senado

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PSDB e o DEM (ex-PFL) indicaram hoje os nomes escolhidos para integrar a CPI do Apagão Aéreo no Senado. As duas legendas decidiram se antecipar ao prazo de 20 dias estabelecido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para a indicação dos integrantes da comissão.

O DEM indicou os senadores Demóstenes Torres (GO), José Agripino Maia (RN) e Antonio Carlos Magalhães (BA) para titulares da CPI. Já o PSDB escolheu os senadores Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA) também como membros titulares. As duas legendas indicaram ainda os senadores Raimundo Colombo (DEM-SC), Romeu Tuma (DEM-SP), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) para suplentes da CPI.

Agripino disse que decidiu antecipar os nomes como forma de pressionar os demais partidos para que escolham os integrantes da CPI.

"Eu espero que os demais partidos que têm direito a indicar membros façam como nós fizemos. O Supremo Tribunal Federal determinou que em 48 horas a Câmara indicasse os membros. Por que no Senado não se faz o mesmo?", questionou.

Acordão

O líder democrata rebateu as afirmações de que teria feito um acordo com a base aliada do governo para que o prazo de 20 dias fosse estabelecido para a indicação dos membros da CPI.

"Eu fui voto vencido e concordei com os 20 dias para evitar que a CPI não fosse instalada. Não fizemos acordo subalterno, mas para fazer a comissão funcionar", justificou.

Agripino disse acreditar que se os partidos anteciparem a indicação dos nomes, a CPI do Apagão Aéreo no Senado poderá ser instalada já na semana que vem. "Nós estamos usando menos que 24 horas. Por que o PDT, PMDB, o PT, que têm direito a indicar, não o fazem para na próxima terça-feira já designarmos o presidente e o relator?", questionou.

Impasse

A base aliada do governo, no entanto, não pretende antecipar a indicação dos membros da CPI. Os governistas trabalham nos bastidores para que a comissão não seja instalada no Senado, já que o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a criação imediata da CPI do Apagão na Câmara dos Deputados --onde a base aliada tem maioria.

Os governistas temem que a CPI do Senado se transforme em uma nova "CPI do fim do Mundo" --apelido recebido pela CPI dos Bingos --uma vez que governo e oposição têm direito a indicar praticamente o mesmo número de integrantes na comissão. Enquanto os partidos governistas terão sete vagas na CPI, a oposição poderá ocupar seis cadeiras.

O prazo de 20 dias começou a ser contado nesta quarta-feira, quando Renan fez a leitura do requerimento de instalação da CPI no plenário do Senado. O líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), adiantou que vai trabalhar para reverter a decisão dos senadores de instalar a CPI.

"Nesse período, se houver acordo e chegarmos a um consenso, pode se chegar a um outro caminho. O governo aceita a investigação, mas o que temos conversado é que seria uma overdose de CPIs."

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