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27/04/2007
-
09h09
da Folha de S.Paulo, em Brasília
do Enviado da Folha de S.Paulo a Santiago
Mesmo com a referência explícita do STF (Supremo Tribunal Federal) para que a CPI da crise aérea "atenha-se" a investigar o acidente com o avião da Gol que matou 154 pessoas, a oposição já faz planos para incluir no pacote de investigação as obras da Infraero e a questão dos controladores de vôo.
"Queremos saber por que se gastou mais com mármore em aeroportos do que com segurança de vôo", disse o líder do DEM (ex-PFL), Ônyx Lorenzoni. Ontem, a oposição indicou seus membros da CPI. Representarão o PSDB Vanderlei Macris, Zenaldo Coutinho e Gustavo Fruet. Pelo DEM, irão Solange Amaral, Vic Pires Franco e Vitor Penido.
Os governistas só devem nomear seus representantes na quarta-feira. A expectativa é que a CPI comece a funcionar na quinta-feira. A base aliada terá 16 membros e a oposição, oito. A tendência é a presidência ficar com o PT e a relatoria com o PMDB, embora a oposição ameace voltar ao STF para assegurar ao menos um cargo.
A oposição não descarta incluir as atividades de Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, que atuou como advogado da Varig. Porém, ao tentar abrir o foco, pode ser derrotada no STF, já que o voto do ministro Celso de Mello é explícito sobre seu objeto.
"O requerimento de criação alude a um lamentável evento da aviação brasileira, em que 154 pessoas perderam a vida."
É nisso que vai se fiar a base aliada. "A Infraero não administra o espaço aéreo", diz o líder do PT, Luiz Sergio. Já o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), disse esperar "o melhor entendimento" para se apurar as causas do apagão.
Lula disse, em Santiago, que a criação da CPI atende aos interesses da democracia. "Pedi CPIs contra os outros. Por que agora iria ficar zangado?" Ainda assim, deu uma estocada na oposição. "Enquanto a oposição pensa em CPI, vou pensando em construir o Brasil".
No Senado
Apesar de acordo para adiar a CPI por 20 dias no Senado, a oposição indicou seus integrantes. O governo terá maioria, mas a correlação de forças será apertada, de oito a cinco. O fiel da balança pode ser o PDT, com uma vaga. Apesar de fazer parte da coalizão, o partido faz oposição na Casa.
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do Enviado da Folha de S.Paulo a Santiago
Mesmo com a referência explícita do STF (Supremo Tribunal Federal) para que a CPI da crise aérea "atenha-se" a investigar o acidente com o avião da Gol que matou 154 pessoas, a oposição já faz planos para incluir no pacote de investigação as obras da Infraero e a questão dos controladores de vôo.
"Queremos saber por que se gastou mais com mármore em aeroportos do que com segurança de vôo", disse o líder do DEM (ex-PFL), Ônyx Lorenzoni. Ontem, a oposição indicou seus membros da CPI. Representarão o PSDB Vanderlei Macris, Zenaldo Coutinho e Gustavo Fruet. Pelo DEM, irão Solange Amaral, Vic Pires Franco e Vitor Penido.
Os governistas só devem nomear seus representantes na quarta-feira. A expectativa é que a CPI comece a funcionar na quinta-feira. A base aliada terá 16 membros e a oposição, oito. A tendência é a presidência ficar com o PT e a relatoria com o PMDB, embora a oposição ameace voltar ao STF para assegurar ao menos um cargo.
A oposição não descarta incluir as atividades de Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, que atuou como advogado da Varig. Porém, ao tentar abrir o foco, pode ser derrotada no STF, já que o voto do ministro Celso de Mello é explícito sobre seu objeto.
"O requerimento de criação alude a um lamentável evento da aviação brasileira, em que 154 pessoas perderam a vida."
É nisso que vai se fiar a base aliada. "A Infraero não administra o espaço aéreo", diz o líder do PT, Luiz Sergio. Já o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), disse esperar "o melhor entendimento" para se apurar as causas do apagão.
Lula disse, em Santiago, que a criação da CPI atende aos interesses da democracia. "Pedi CPIs contra os outros. Por que agora iria ficar zangado?" Ainda assim, deu uma estocada na oposição. "Enquanto a oposição pensa em CPI, vou pensando em construir o Brasil".
No Senado
Apesar de acordo para adiar a CPI por 20 dias no Senado, a oposição indicou seus integrantes. O governo terá maioria, mas a correlação de forças será apertada, de oito a cinco. O fiel da balança pode ser o PDT, com uma vaga. Apesar de fazer parte da coalizão, o partido faz oposição na Casa.
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