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02/05/2007
-
12h28
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Alvo de disputa entre partidos da base aliada e da oposição, a relatoria da CPI do Apagão Aéreo na Câmara se tornou uma espécie de "abacaxi" para os partidos da base aliada do governo. Para evitar o controle da oposição sobre a relatoria, o PT aceita ficar com o cargo. Mas petistas reconhecem, nos bastidores, que o partido que ocupar a relatoria sofrerá desgastes na Casa e junto a opinião pública.
O PMDB, como maior bancada da Câmara, tem a prerrogativa regimental de escolher entre a relatoria e a presidência da CPI. A Folha Online apurou que o partido quer a presidência justamente para evitar desgastes com os deputados --uma vez que as investigações incluem o deputado Carlos Wilson (PT-PE), ex-presidente da Infraero.
O partido também teme que as investigações não tragam resultados concretos sobre a crise aérea, o que poderia desgastar o PMDB na opinião pública. Lideranças do PMDB já adiantaram que o partido vai indicar um petista para o cargo com o objetivo de evitar que o relator seja da oposição.
Os partidos da base aliada ainda não indicaram os membros da CPI. A bancada do PT na Câmara se reúne hoje às 18h para definir os nomes. O partido tem direito a oito vagas --quatro titulares e quatro suplentes. Os cotados para integrar a comissão são os deputados Edson Santos (RJ), Marco Maia (RS), Pepê Vargas (RS), André Vargas (PR), Iriny Lopes (ES), Carlos Zarattini (SP), Cândido Vacarezza (SP) e Eduardo Valverde (RO).
O nome de Marco Maia é o mais forte para a relatoria da CPI, enquanto o peemedebista Marcelo Castro (PI) deve ficar com a presidência da comissão. A Folha Online apurou que Vacarezza chegou a ser cotado para ficar com a relatoria, mas líderes petistas desistiram da sua indicação diante da ligação do parlamentar com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O PT quer evitar especulações sobre a influência de Chinaglia na CPI.
O partido também não deve indicar para a comissão integrantes da bancada de Pernambuco --uma vez que Carlos Wilson será investigado pela CPI. Como o ex-presidente da Infraero é um dos membros da bancada, o partido quer evitar prejuízos às alianças no Estado se a comissão intensificar as investigações sobre o deputado.
Prazo
O prazo para a indicação dos integrantes da CPI do Apagão Aéreo termina hoje no final do dia. Chinaglia pretende instalar a comissão amanhã, com a escolha do presidente e do relator. A oposição já avisou que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) se não ficar com um dos cargos de comando da comissão. O PSDB alega que, como signatário do requerimento que pediu a instalação da CPI, tem direito a ficar com a presidência ou a relatoria da comissão.
Nos bastidores, líderes governistas admitem abrir mão de um dos cargos de comando da comissão na Câmara se a oposição desistir de instalar a CPI do Apagão no Senado. O DEM já avisou que defende a instalação das duas CPIs no Congresso, com funcionamento paralelo, mesmo diante da proposta dos governistas.
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Alvo de disputa entre partidos da base aliada e da oposição, a relatoria da CPI do Apagão Aéreo na Câmara se tornou uma espécie de "abacaxi" para os partidos da base aliada do governo. Para evitar o controle da oposição sobre a relatoria, o PT aceita ficar com o cargo. Mas petistas reconhecem, nos bastidores, que o partido que ocupar a relatoria sofrerá desgastes na Casa e junto a opinião pública.
O PMDB, como maior bancada da Câmara, tem a prerrogativa regimental de escolher entre a relatoria e a presidência da CPI. A Folha Online apurou que o partido quer a presidência justamente para evitar desgastes com os deputados --uma vez que as investigações incluem o deputado Carlos Wilson (PT-PE), ex-presidente da Infraero.
O partido também teme que as investigações não tragam resultados concretos sobre a crise aérea, o que poderia desgastar o PMDB na opinião pública. Lideranças do PMDB já adiantaram que o partido vai indicar um petista para o cargo com o objetivo de evitar que o relator seja da oposição.
Os partidos da base aliada ainda não indicaram os membros da CPI. A bancada do PT na Câmara se reúne hoje às 18h para definir os nomes. O partido tem direito a oito vagas --quatro titulares e quatro suplentes. Os cotados para integrar a comissão são os deputados Edson Santos (RJ), Marco Maia (RS), Pepê Vargas (RS), André Vargas (PR), Iriny Lopes (ES), Carlos Zarattini (SP), Cândido Vacarezza (SP) e Eduardo Valverde (RO).
O nome de Marco Maia é o mais forte para a relatoria da CPI, enquanto o peemedebista Marcelo Castro (PI) deve ficar com a presidência da comissão. A Folha Online apurou que Vacarezza chegou a ser cotado para ficar com a relatoria, mas líderes petistas desistiram da sua indicação diante da ligação do parlamentar com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O PT quer evitar especulações sobre a influência de Chinaglia na CPI.
O partido também não deve indicar para a comissão integrantes da bancada de Pernambuco --uma vez que Carlos Wilson será investigado pela CPI. Como o ex-presidente da Infraero é um dos membros da bancada, o partido quer evitar prejuízos às alianças no Estado se a comissão intensificar as investigações sobre o deputado.
Prazo
O prazo para a indicação dos integrantes da CPI do Apagão Aéreo termina hoje no final do dia. Chinaglia pretende instalar a comissão amanhã, com a escolha do presidente e do relator. A oposição já avisou que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) se não ficar com um dos cargos de comando da comissão. O PSDB alega que, como signatário do requerimento que pediu a instalação da CPI, tem direito a ficar com a presidência ou a relatoria da comissão.
Nos bastidores, líderes governistas admitem abrir mão de um dos cargos de comando da comissão na Câmara se a oposição desistir de instalar a CPI do Apagão no Senado. O DEM já avisou que defende a instalação das duas CPIs no Congresso, com funcionamento paralelo, mesmo diante da proposta dos governistas.
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