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18/10/2000
-
18h43
CELSO BEJARANO JR.
da Agência Folha, em Campo Grande
A Assembléia Legislativa de Mato Grosso aprovou na sessão de ontem a criação de uma CPI para investigar a compra de votos no Estado.
A instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), cujos membros devem ser escolhidos na semana que vem, ganhou impulso a partir do suposto atentado político sofrido pelo presidente do Diretório Municipal do PT de Cuiabá, Sivaldo Dias Campos, 36.
O dirigente petista levou dois tiros na cabeça, na semana passada, quando saia de casa. Ele ficou em coma por uma semana. Hoje demonstrava sinais de recuperação _já tinha reconhecido alguns familiares por meio de gestos.
O dirigente petista permanece internado sob um forte esquema de segurança. Os médicos disseram que Sivaldo Campos está "melhorando", mas ainda o consideram como paciente de "alto risco", por ele ter perdido parte da massa encefálica.
A polícia ainda não sabe quem são os três homens que invadiram a casa do petista e o balearam.
Há uma semana das eleições, o MCCC (Movimento Cívico de Combate à Corrupção) encaminhou denúncias à Justiça Eleitoral que comprovariam o envolvimento de 12 candidatos a vereador em Cuiabá, dez dos quais eleitos com expressivas votações.
De acordo com as denúncias, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal, os candidatos estariam pagando de R$ 25,00 a R$ 50,00 pelo serviço de boca-de-urna, que é considerado crime eleitoral.
As denúncias, gravadas por meio de ligações telefônicas, foram feitas da casa do presidente do PT municipal.
A autora da proposta da CPI, deputada estadual Serys Slhessarenko (PT), disse que já manteve contatos com pessoas que estariam dispostas a testemunhar contra os candidatos que teriam comprado votos.
"Se não apurarmos essas denúncias, daqui para frente os políticos não precisarão mais apresentar propostas para serem eleitos e sim propinas", disse a parlamentar.
"Denúncias não faltam. Temos instrumentos para cassar diversos políticos que venceram as eleições. Teve gente que conquistou votos sorteando motocicleta, distribuindo cestas básicas, dinheiro e combustível", disse da deputada.
Leia mais no especial Eleições Online.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Assembléia de Mato Grosso aprova CPI da compra de voto
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da Agência Folha, em Campo Grande
A Assembléia Legislativa de Mato Grosso aprovou na sessão de ontem a criação de uma CPI para investigar a compra de votos no Estado.
A instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), cujos membros devem ser escolhidos na semana que vem, ganhou impulso a partir do suposto atentado político sofrido pelo presidente do Diretório Municipal do PT de Cuiabá, Sivaldo Dias Campos, 36.
O dirigente petista levou dois tiros na cabeça, na semana passada, quando saia de casa. Ele ficou em coma por uma semana. Hoje demonstrava sinais de recuperação _já tinha reconhecido alguns familiares por meio de gestos.
O dirigente petista permanece internado sob um forte esquema de segurança. Os médicos disseram que Sivaldo Campos está "melhorando", mas ainda o consideram como paciente de "alto risco", por ele ter perdido parte da massa encefálica.
A polícia ainda não sabe quem são os três homens que invadiram a casa do petista e o balearam.
Há uma semana das eleições, o MCCC (Movimento Cívico de Combate à Corrupção) encaminhou denúncias à Justiça Eleitoral que comprovariam o envolvimento de 12 candidatos a vereador em Cuiabá, dez dos quais eleitos com expressivas votações.
De acordo com as denúncias, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal, os candidatos estariam pagando de R$ 25,00 a R$ 50,00 pelo serviço de boca-de-urna, que é considerado crime eleitoral.
As denúncias, gravadas por meio de ligações telefônicas, foram feitas da casa do presidente do PT municipal.
A autora da proposta da CPI, deputada estadual Serys Slhessarenko (PT), disse que já manteve contatos com pessoas que estariam dispostas a testemunhar contra os candidatos que teriam comprado votos.
"Se não apurarmos essas denúncias, daqui para frente os políticos não precisarão mais apresentar propostas para serem eleitos e sim propinas", disse a parlamentar.
"Denúncias não faltam. Temos instrumentos para cassar diversos políticos que venceram as eleições. Teve gente que conquistou votos sorteando motocicleta, distribuindo cestas básicas, dinheiro e combustível", disse da deputada.
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