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03/05/2007
-
14h07
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A disputa por cargos no governo federal provocou reflexos nas indicações do PMDB para a CPI do Apagão Aéreo na Câmara. Das quatro vagas que o partido tinha direito a preencher entre os titulares, duas foram cedidas a deputados com pouca afinidade com o Palácio do Planalto e outras duas a parlamentares considerados neutros. O partido preferiu indicar nomes de confiança do presidente, Michel Temer (PMDB-SP), e do líder da bancada na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).
O deputado Wladimir Costa (PA), um dos titulares da CPI, chegou a ameaçar apedrejar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004, durante as discussões sobre o reajuste do salário mínimo. Na época, ele disse que "se ele [Lula] for participar com esse aumento desgraçado que ele quer dar para o trabalhador brasileiro, é melhor nem sair de casa (...) porque até eu, como deputado federal, pego uma pedra e jogo no meio da careca dele".
O peemedebista também apresentou requerimento à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para convidar o presidente a explicar sua "relação com o uso da bebida alcoólica". E pediu explicações ao ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) sobre os gastos realizados com bebidas alcoólicas pela Presidência da República entre 2003 e 2004.
O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), minimizou as críticas de Costa ao presidente Lula no primeiro mandato. "Isso é coisa do passado. Temos que olhar para frente", disse.
O PMDB também indicou o deputado Eduardo Cunha (RJ) como titular. Ligado ao ex-governador do Rio Anthony Garotinho, Cunha chegou a ser cotado para presidir a CPI. Mas o governo atuou para evitar que Garotinho ganhasse espaço na Câmara.
As outras duas indicações do PMDB para a CPI foram os deputados Marcelo Castro (PI) e Leonardo Quintão (MG). Castro foi escolhido presidente da CPI por ter uma postura neutra com relação ao governo, mas de extrema confiança de Temer e Alves. Quintão, por sua vez, é o mais alinhado dos quatro peemedebistas da CPI com o Palácio do Planalto.
PT
No PT, as indicações revelaram mais uma vez força do campo majoritário. Três dos quatro indicados integram essa corrente do partido, controlada pelo deputado Ricardo Berzoini (SP), a ministra Marta Suplicy (Turismo) e o ex-deputado José Dirceu. O deputado Pepe Vargas (RS) integra a corrente democracia socialista, enquanto Marco Maia (RS), Carlos Zaratini (SP) e André Vargas (PR) são do campo majoritário.
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A disputa por cargos no governo federal provocou reflexos nas indicações do PMDB para a CPI do Apagão Aéreo na Câmara. Das quatro vagas que o partido tinha direito a preencher entre os titulares, duas foram cedidas a deputados com pouca afinidade com o Palácio do Planalto e outras duas a parlamentares considerados neutros. O partido preferiu indicar nomes de confiança do presidente, Michel Temer (PMDB-SP), e do líder da bancada na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).
O deputado Wladimir Costa (PA), um dos titulares da CPI, chegou a ameaçar apedrejar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004, durante as discussões sobre o reajuste do salário mínimo. Na época, ele disse que "se ele [Lula] for participar com esse aumento desgraçado que ele quer dar para o trabalhador brasileiro, é melhor nem sair de casa (...) porque até eu, como deputado federal, pego uma pedra e jogo no meio da careca dele".
O peemedebista também apresentou requerimento à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para convidar o presidente a explicar sua "relação com o uso da bebida alcoólica". E pediu explicações ao ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) sobre os gastos realizados com bebidas alcoólicas pela Presidência da República entre 2003 e 2004.
O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), minimizou as críticas de Costa ao presidente Lula no primeiro mandato. "Isso é coisa do passado. Temos que olhar para frente", disse.
O PMDB também indicou o deputado Eduardo Cunha (RJ) como titular. Ligado ao ex-governador do Rio Anthony Garotinho, Cunha chegou a ser cotado para presidir a CPI. Mas o governo atuou para evitar que Garotinho ganhasse espaço na Câmara.
As outras duas indicações do PMDB para a CPI foram os deputados Marcelo Castro (PI) e Leonardo Quintão (MG). Castro foi escolhido presidente da CPI por ter uma postura neutra com relação ao governo, mas de extrema confiança de Temer e Alves. Quintão, por sua vez, é o mais alinhado dos quatro peemedebistas da CPI com o Palácio do Planalto.
PT
No PT, as indicações revelaram mais uma vez força do campo majoritário. Três dos quatro indicados integram essa corrente do partido, controlada pelo deputado Ricardo Berzoini (SP), a ministra Marta Suplicy (Turismo) e o ex-deputado José Dirceu. O deputado Pepe Vargas (RS) integra a corrente democracia socialista, enquanto Marco Maia (RS), Carlos Zaratini (SP) e André Vargas (PR) são do campo majoritário.
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