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03/05/2007
-
15h49
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
Novos nomes devem entrar para o rol de acusados de participar do esquema que atuava na venda de sentenças judiciais para beneficiar a máfia do jogo. O procurador da República no Rio, Orlando Monteiro da Cunha, disse que existem policiais civis e federais que são suspeitos de receber propina e ainda estão sob investigação da Polícia Federal. Isso pode elevar o número de acusados que hoje são 24 na Justiça Federal do Rio.
"Os principais investigados foram presos, mas existiam inúmeras outras pessoas indiretamente ligados a esse grupo, situação de policias civis e policiais federais, que recebiam propina dessa organização", afirmou Cunha para a Folha Online.
Ele disse que uma grande quantidade de documentos foi apreendida na casa de Julio Guimarães, sobrinho do contraventor Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, e está sob análise da PF.
O procurador reconhece que o fato de a Operação Hurricane (furacão) ter sido deflagrada em virtude da sucessão no TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região prejudicou a investigação desses outros suspeitos. A operação foi desencadeada depois de quase ter vazado quando o desembargador José Eduardo Carreira Alvim encontrou escutas em seu escritório. Como ele concorria à eleição no TRF creditou as escutas a adversários na disputa.
"O ideal é que a medida fosse postergada ao máximo, e que fosse desencadeada contra todas as pessoas mencionadas na investigação. Na verdade houve uma situação de eleição [no TRF], eles quiseram tocar antes da eleição. A polícia teve que agir dessa forma, mas isso trouxe um prejuízo para as investigações que estão porvir, sem dúvida, uma eventual busca não acha mais nada."
Ele ressalta, porém, que a polícia agiu corretamente ao prender as pessoas com projeção maior.
"Essa segunda fase dependendo do que a polícia confeccionar ela já está prejudicada por conta do vazamento de uma série de informações que constam dos autos. A polícia optou por desencadear agora e prejudicar uma fase posterior e pegar pessoas que até então eram intocáveis na República."
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da Folha Online, no Rio
Novos nomes devem entrar para o rol de acusados de participar do esquema que atuava na venda de sentenças judiciais para beneficiar a máfia do jogo. O procurador da República no Rio, Orlando Monteiro da Cunha, disse que existem policiais civis e federais que são suspeitos de receber propina e ainda estão sob investigação da Polícia Federal. Isso pode elevar o número de acusados que hoje são 24 na Justiça Federal do Rio.
"Os principais investigados foram presos, mas existiam inúmeras outras pessoas indiretamente ligados a esse grupo, situação de policias civis e policiais federais, que recebiam propina dessa organização", afirmou Cunha para a Folha Online.
Ele disse que uma grande quantidade de documentos foi apreendida na casa de Julio Guimarães, sobrinho do contraventor Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, e está sob análise da PF.
O procurador reconhece que o fato de a Operação Hurricane (furacão) ter sido deflagrada em virtude da sucessão no TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região prejudicou a investigação desses outros suspeitos. A operação foi desencadeada depois de quase ter vazado quando o desembargador José Eduardo Carreira Alvim encontrou escutas em seu escritório. Como ele concorria à eleição no TRF creditou as escutas a adversários na disputa.
"O ideal é que a medida fosse postergada ao máximo, e que fosse desencadeada contra todas as pessoas mencionadas na investigação. Na verdade houve uma situação de eleição [no TRF], eles quiseram tocar antes da eleição. A polícia teve que agir dessa forma, mas isso trouxe um prejuízo para as investigações que estão porvir, sem dúvida, uma eventual busca não acha mais nada."
Ele ressalta, porém, que a polícia agiu corretamente ao prender as pessoas com projeção maior.
"Essa segunda fase dependendo do que a polícia confeccionar ela já está prejudicada por conta do vazamento de uma série de informações que constam dos autos. A polícia optou por desencadear agora e prejudicar uma fase posterior e pegar pessoas que até então eram intocáveis na República."
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