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10/05/2007
-
14h09
GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O reajuste de 28,5% nos salários dos deputados e senadores vai engordar não apenas o bolso dos parlamentares, mas também de vários partidos que descontam de 5% a 30% dos subsídios pagos aos parlamentares. Com a maior bancada da Câmara entre os que cobram uma contribuição, o PT é o partido que terá maior lucro com o reajuste --vai receber quase R$ 70 mil a mais por mês.
Além do PT, pelo menos outros cinco partidos também cobram dízimos dos seus parlamentares. Os deputados e senadores do PSOL e do PC do B têm que repassar por mês 30% dos seus salários para o partido. No PDT e PPS, o dízimo é de 10%. Já o PSB cobra 5% sobre os salários dos parlamentares. Em outros partidos, como o PMDB e o PR, a contribuição é espontânea.
Enquanto o PMDB deixa o valor a critério do parlamentar, o PR fixou R$ 1.200 como contribuição espontânea. A Folha Online apurou que o valor pode ser reajustado pela Executiva Nacional do PR em decorrência do aumento salarial. O PSDB e o DEM não cobram dízimo dos deputados e senadores.
Além do dinheiro arrecadado com os salários dos parlamentares, os partidos ainda contam os recursos do fundo partidário e contribuições de filiados, entre outros.
Valores
Como o estatuto do PT prevê o desconto de 20% nos salários dos parlamentares, o PT vai receber por mês R$ 310.425,60 de contribuição obrigatória de seus 82 deputados e 12 senadores caso o reajuste nos salários seja aprovado pelo Senado.
Atualmente, com o salário dos deputados e senadores fixado em R$ 12.847, esse valor é de R$ 241.523,60.
Se o salário de R$ 16.512 aprovado na noite de ontem pela Câmara for referendado pelo Senado, cada parlamentar petista terá que desembolsar por mês R$ 3.302,50 para a legenda ante os R$ 2.569,40 que repassam hoje ao partido.
O maior índice de contribuição dos parlamentares é cobrado pelo PSOL e pelo PC do B. Os deputados e senadores dos dois partidos têm que oferecer por mês 30% dos salários às legendas. Com o novo salário, o desconto no contracheque nos deputados do PSOL e PC do B subirá de R$ 3.854,10 para R$ 4.953,60.
O PC do B, com 14 deputados e senadores, vai receber a mais R$ 16.905 caso o reajuste seja aprovado no Senado. O partido passará de uma receita mensal com os salários de R$ 52.445,40 para R$ 69.350,40 por mês.
No PSOL, o reajuste salarial terá um impacto de R$ 4.830 nos cofres do partido. Como o desconto para os parlamentares do PSOL é de 30% dos salários, o partido vai passar de uma arrecadação com os salários de R$ 14.984,40 para R$ 19.814,40.
O PDT aumentará sua arrecadação com os salários para R$ 44.582,40; o PPS para R$ 23.116,80 e o PSB para R$ 26.419,20.
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Reajuste nos salários de parlamentares engorda bolso dos partidos
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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O reajuste de 28,5% nos salários dos deputados e senadores vai engordar não apenas o bolso dos parlamentares, mas também de vários partidos que descontam de 5% a 30% dos subsídios pagos aos parlamentares. Com a maior bancada da Câmara entre os que cobram uma contribuição, o PT é o partido que terá maior lucro com o reajuste --vai receber quase R$ 70 mil a mais por mês.
Além do PT, pelo menos outros cinco partidos também cobram dízimos dos seus parlamentares. Os deputados e senadores do PSOL e do PC do B têm que repassar por mês 30% dos seus salários para o partido. No PDT e PPS, o dízimo é de 10%. Já o PSB cobra 5% sobre os salários dos parlamentares. Em outros partidos, como o PMDB e o PR, a contribuição é espontânea.
Enquanto o PMDB deixa o valor a critério do parlamentar, o PR fixou R$ 1.200 como contribuição espontânea. A Folha Online apurou que o valor pode ser reajustado pela Executiva Nacional do PR em decorrência do aumento salarial. O PSDB e o DEM não cobram dízimo dos deputados e senadores.
Além do dinheiro arrecadado com os salários dos parlamentares, os partidos ainda contam os recursos do fundo partidário e contribuições de filiados, entre outros.
Valores
Como o estatuto do PT prevê o desconto de 20% nos salários dos parlamentares, o PT vai receber por mês R$ 310.425,60 de contribuição obrigatória de seus 82 deputados e 12 senadores caso o reajuste nos salários seja aprovado pelo Senado.
Atualmente, com o salário dos deputados e senadores fixado em R$ 12.847, esse valor é de R$ 241.523,60.
Se o salário de R$ 16.512 aprovado na noite de ontem pela Câmara for referendado pelo Senado, cada parlamentar petista terá que desembolsar por mês R$ 3.302,50 para a legenda ante os R$ 2.569,40 que repassam hoje ao partido.
O maior índice de contribuição dos parlamentares é cobrado pelo PSOL e pelo PC do B. Os deputados e senadores dos dois partidos têm que oferecer por mês 30% dos salários às legendas. Com o novo salário, o desconto no contracheque nos deputados do PSOL e PC do B subirá de R$ 3.854,10 para R$ 4.953,60.
O PC do B, com 14 deputados e senadores, vai receber a mais R$ 16.905 caso o reajuste seja aprovado no Senado. O partido passará de uma receita mensal com os salários de R$ 52.445,40 para R$ 69.350,40 por mês.
No PSOL, o reajuste salarial terá um impacto de R$ 4.830 nos cofres do partido. Como o desconto para os parlamentares do PSOL é de 30% dos salários, o partido vai passar de uma arrecadação com os salários de R$ 14.984,40 para R$ 19.814,40.
O PDT aumentará sua arrecadação com os salários para R$ 44.582,40; o PPS para R$ 23.116,80 e o PSB para R$ 26.419,20.
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