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11/05/2007 - 16h56

Papa defende celibato e critica desvios sexuais e "ferida do divórcio"

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KAREN CAMACHO
Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online

O papa Bento 16 defendeu hoje o respeito ao celibato no encontro realizado com os bispos brasileiros, na Catedral da Sé, na região central de São Paulo. Sem mencionar diretamente a Teologia da Libertação, ele criticou as correntes que defendem um maior engajamento da Igreja Católica aos movimentos sociais e partidos políticos.

"No seio da igreja, quando o valor do compromisso sacerdotal é questionado como entrega total a Deus através do celibato apostólico e como disponibilidade total para servir às almas, dando-se preferência às questões ideológicas e políticas, inclusive partidárias, a estrutura da consagração total a Deus começa a perder o seu significado mais profundo. Como não sentir tristeza em nossa alma?", questionou ele no encontro.

Para o professor de teologia da PUC-SP, Antonio Marchionni, essa foi uma referência à forma como foi a Teologia da Libertação foi aplicada na América Latina. "Ela [teologia] sempre existiu dentro da igreja. O que se questiona foi a forma como ela foi aplicada em algumas regiões. Quase como uma sociologia marxista. Para a igreja, a transformação deve ser obtida pelo Evangalho e não pela revolução."

Acompanhe ao vivo a visita do papa Bento 16 ao Brasil em tempo real na Folha Online.

Sobre o celibato, o papa disse que é um dom que a igreja recebeu e quer guardar. "Faço apelo ao vosso zelo sacerdotal e ao sentido de discernimento das vocações, também para saber complementar a dimensão espiritual, psico-afetiva, intelectual e pastoral em jovens maduros e disponíveis ao serviço da igreja."

Para o papa, "um bom e assíduo acompanhamento espiritual é indispensável para favorecer o amadurecimento humano e evita o risco de desvios no campo da sexualidade".

Em seu discurso, o papa orientou o episcopado brasileiro a não serem movidos por " ideologias racionalistas". "Devemos ser fiéis servidores da palavra, sem visões redutivas e confusões na missão que nos é confiada. Não basta observar a realidade a partir da fé; é preciso trabalhar com o Evangelho nas mãos e fundamentados na correta herança da tradição apostólica, sem interpretações movidas por ideologias racionalistas."

Valores morais

No discurso, o papa votou a ressaltar que os interesses individuais não podem ficar acima dos valores defendidos historicamente pela igreja, como o casamento. "A vida social está atravessando momentos de confusão desnorteadora. Ataca-se impunemente a santidade do matrimônio e da família."

Ao criticar esse cenário, o papa voltou a condenar o aborto, a união fora do casamento. "Justificam-se alguns crimes contra a vida em nome dos direitos da liberdade individual; atenta-se contra a dignidade do ser humano; alastra-se a ferida do divórcio e das uniões livres."

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