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14/05/2007 - 11h17

Manifestação pela legalização dos bingos vai levar 10 mil a Brasília, diz Força

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da Folha Online

A Força Sindical informa que 10 mil trabalhadores de casas de bingo de todo o país estarão em Brasília (DF) na quarta-feira para protestar pela legalização do setor. Segundo a central sindical, os trabalhadores da categoria querem sensibilizar os parlamentares sobre a urgência da regulamentação da atividade no país.

Desde que a Polícia Federal desarticulou no dia 13 de abril uma quadrilha que atuava comprando sentenças para beneficiar a máfia do jogo, as casas de bingo viraram alvo de liminares suspendendo seu funcionamento. Em várias partes do país, a Justiça cassou as liminares que permitiam o funcionamento desses estabelecimentos.

Segundo a Força, as casas de bingo são importantes para a garantia do nível de emprego, pois empregariam --direta e indiretamente-- cerca de 300 mil pessoas.

No começo do mês, o Movimento Pró-Bingo reuniu donos de casas do setor para traçar estratégias para pressionar o governo e o Congresso a regularizar a atividade no país.

No encontro, bingueiros decidiram fechar as portas das casas em todo o país na terça-, quarta e quinta-feira. A estratégia também é uma forma de pressionar o governo federal e o Congresso pela regulamentação da atividade no Brasil.

"Vamos apoiar os sindicatos. Os empresários dispensarão os funcionários para irem a Brasília. Eventualmente, eles irão contribuir para que isso ocorra, fornecendo ônibus por exemplo", disse o presidente da Abrabin (Associação Brasileira dos Bingos), Olavo Sales de Oliveira.

Sales prevê que ocorra cerca de 30.000 demissões somente na cidade de São Paulo com o fim das atividades. Ele calcula que cerca de 100 casas ainda operem na capital paulista por meio de liminar.

Operação

Desde o início da operação Hurricane (furacão), deflagrada em abril, diversas casa de bingo foram fechadas.

A megaoperação atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.

Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).

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