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14/05/2007 - 15h52

PF vai investigar em Portugal vida de acusados de elo com máfia do jogo

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da Agência Lusa, em Brasília

A Polícia Federal vai investigar em Portugal as movimentações financeiras dos dois lusos detidos na Operação Hurricane (furacão) e deverá fazer um levantamento dos bens dos acusados, informou nesta segunda-feira uma fonte policial.

"Há necessidade de enviar agentes a Portugal para investigar a questão dos bens de Laurentino Frei dos Santos e Licínio Soares Bastos e suas movimentações financeiras, mas ainda não sabemos quando isto ocorrerá", afirmou a fonte da PF.

Segundo a fonte, o processo sobre a organização criminosa que atuava na venda de sentenças judiciais para beneficiar casas de jogos no Brasil está correndo sob segredo de Justiça, e por isso os detalhes das investigações não podem ser revelados.

Os dois portugueses foram presos em uma operação lançada pela PF em 13 de abril último, juntamente com outros empresários, advogados, delegados e magistrados, que são acusados de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Os dois empresários portugueses estão presos com outros 22 acusados de envolvimento com a máfia dos jogos, e que não têm foro privilegiado, no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, no Rio de Janeiro.

Os quatro acusados que possuem foro privilegiado (magistrados) já foram libertados e vão apresentar sua defesa no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os envolvidos na Operação Hurricane que não têm foro privilegiado podem ser transferidos para a prisão de segurança máxima de Campo Grande (MS) a partir da próxima quinta-feira.

Gravações telefônicas

Nesta data, termina o prazo concedido pela juíza da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Ana Carvalho, para que os acusados prestem novos depoimentos, já que muitos não quiseram responder às questões da Justiça, alegando que seus advogados não tiveram acesso às gravações telefônicas feitas pela PF.

As gravações de mais de 220 dias de conversas telefônicas, legalmente autorizadas, revelam que advogados e empresários negociaram com juízes a compra e venda de sentenças judiciais favoráveis às casas de jogos.

Na semana passada, o advogado dos dois portugueses, Rogério Marcolini de Souza, disse à Agência Lusa que já apresentou a defesa prévia de seus clientes, na qual arrolou oito testemunhas.

O advogado alega que os dois empresários foram sócios de uma casa de bingo em Niterói de 2000 a 2002, quando a atividade era legal e regulada pela Loterj, empresa pública responsável pela promoção e venda de loterias no Estado.

Segundo Marcolini, ambos não têm atividades relacionadas com jogos atualmente.

As petições feitas pelo advogado para que Licínio Bastos e Laurentino Santos aguardassem o julgamento em liberdade foram negadas em três instâncias - Tribunal Regional Federal, Superior Tribunal de Justiça e STF.

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