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15/05/2007 - 10h29

Em entrevista, Lula diz que não deixou crise política entrar no Planalto

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o Brasil está melhor hoje do que nos governos anteriores. "É sabido mesmo por aqueles que não querem concordar que o Brasil nunca esteve numa situação tão privilegiada como tem hoje", disse ele no início da entrevista coletiva que concede hoje para jornalistas credenciados no Palácio do Planalto.

Entre os avanços citados por Lula estão a inserção do Brasil nos fóruns internacionais, na economia e na relação comercial com países da América do Sul. "Hoje, a relação comercial com América do Sul e América Latina é maior do que com Estados Unidos e Europa

Segundo ele, essa situação privilegiada foi alcançada porque ele não deixou a crise política adentrar o Palácio do Planalto. "Não permiti que nenhum sintoma de crise política adentrasse o Planalto."

"Quanto mais as coisas aconteciam, mais trabalhava para evitar que a crise respingasse no Executivo", disse ele.

No primeiro mandato, Lula perdeu seus principais auxiliares em meio ao escândalo do mensalão --entre eles, José Dirceu e Antonio Palocci. O presidente disse que, ao contrário dos primeiros anos de governo, o período atual será de "tranqüilidade".

Segundo Lula, a relação do Executivo com o Congresso Nacional vai permitir que seu segundo mandato seja de menor disputa entre governo e oposição.

"Não fazemos mais política estigmatizada no ódio entre situação e oposição. Temos uma base aliada no Congresso sólida, construída na coalizão. As pessoas no Brasil e eu estamos aprendendo a estabelecer coalizão política pensando no longo prazo e não em cada votação ou momento", afirmou.

Lula disse reconhecer o papel da oposição no Congresso, que muitas vezes não reconhece as virtudes do governo federal. Mas afirmou estar disposto a separar o embate da campanha eleitoral da sua real relação com os partidos de oposição.

"Não vamos confundir [esse embate] com os projetos que são pertinentes ao interesse brasileiro. Sou agradecido à Câmara que em tão pouco tempo votou o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Não tenho dúvidas que o Senado votará outras medidas que precisam ser votadas para que o PAC atinja a sua plenitude", disse.

Na entrevista, Lula vai responder a 14 perguntas de jornalistas credenciados no Palácio do Planalto --que serão sorteados de acordo com regras determinadas pela Presidência da República.

Pelas regras criadas para participação da entrevista, haverá restrições para a formulação de perguntas. Seis emissoras de TV participarão da entrevista, mas somente cinco poderão fazer perguntas ao presidente. Sete jornais estarão na coletiva, mas só seis poderão perguntar diretamente ao presidente. Das emissoras de rádio, somente uma formulará pergunta ao presidente --mesmo limite imposto às agências de notícias e correspondentes.

O ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicação Social) disse na semana passada que o presidente vai intensificar o número de entrevistas coletivas e exclusivas nos próximos meses. A idéia é reverter a imagem fixada nos primeiros quatro anos de governo de que Lula era avesso às entrevistas.

Formato

A Presidência da República não estabeleceu regras para o conteúdo das perguntas, mas recomendou que as réplicas sejam evitadas. As perguntas serão divididas entre cinco repórteres de emissoras de TVs, seis de jornais impressos, um de rádio, um de revista e um de portais/correspondentes estrangeiros.

A duração da entrevista deve ser de uma hora e meia, já que a Presidência calcula que cada resposta de Lula deve ter em média cinco minutos. A primeira entrevista coletiva formal concedida por Lula foi em abril de 2005.

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