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15/05/2007 - 11h22

Lula defende candidato único da base para 2010 e diz querer fazer sucessor

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GABRIELA GUERREIRO
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje, em entrevista coletiva, que a base aliada do governo lance um único candidato à presidência da República em 2010. Lula admitiu que quer fazer o seu sucessor no cargo, embora tenha afirmado que "não tem esse poder" para determinar quem será o eleito em 2010.

"Eu esqueci de perguntar para o papa. Mas eu posso dizer para vocês que quero fazer o sucessor. Entre trabalhar para fazer e dizer que vou fazer, eu não tenho esse poder", disse.

O presidente negou que tenha reduzido o espaço do PT no primeiro escalão do governo, mesmo com a substituição de petistas no primeiro escalão para abrir espaço a partidos da base aliada. "O PT tem o privilégio de ter o cargo de presidente, o mais importante da República. Mais do que isso, é querer muita coisa", enfatizou.

Lula disse esperar que, na campanha para 2010, seja chamado por candidatos para compor palanques eleitorais diante dos resultados positivos do seu governo. "O duro é terminar o mandato e ninguém te chamar para nada. Quando chegar na eleição de 2010 quero estar tão afiado que as pessoas vão me chamar para ir a palanque. A base vai ter um candidato, que na minha opinião deve ser tirado em consenso da base."

O comentário do presidente pode ser considerado uma crítica indireta ao seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Na campanha eleitoral de 2006, o PT acusava o PSDB de esconder FHC --por não incluí-lo nas propagandas de TV.

Apesar da ampla participação de partidos aliados no primeiro escalão, Lula disse que "não existe" a nomeação de cargos no governo federal em troca do apoio de partidos da coalizão política no Congresso Nacional.

Segundo o presidente, o seu desejo é construir uma coalizão política madura, sem a troca de cargos. "É diferente de distribuição de cargos. Os partidos da base podem ocupar os cargos que quiserem, mas isso não pode ser condição sine qua non. Precisamos construir projeto para esse país, e não para construir votação", disse.

Lula fez um apelo aos partidos de oposição para que, mesmo com divergências com o governo, aprovem os projetos de interesse do país. "O PSDB não precisa deixar de ser oposição ao governo, pode fazer as críticas que quiser, é um direito. Mas não pode haver a confusão quando há projeto importante de interesse do país. Aí, não estarão me prejudicando. Essa combinação quero construir. Estou com toda disposição de conversar com todas as forças políticas. Muitas vezes é mais difícil do que eu queria que fosse", reconheceu.

Reeleição

O presidente admitiu que governará de forma mais "leve" nos próximos anos porque tiraram das suas costas o que chamou de "peso" de uma nova eleição. "Estou mais leve. Tiraram das minhas costas uns 30 quilos. Eu não tenho que pensar mais em eleição. O problema agora é de quem quer ser candidato em 2010", afirmou.

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