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17/05/2007
-
11h11
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A CPI do Apagão Aéreo do Senado foi instalada na manhã desta quinta-feira com a eleição dos senadores Tião Viana (PT-AC) e Renato Casagrande (PSB-ES) para a presidência e vice-presidência da comissão. Em clima de tranqüilidade, sem qualquer embate entre governo e oposição, os senadores foram eleitos por unanimidade, com 12 votos.
O petista cumpriu o acordo firmado com a oposição e escolheu o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para relator da CPI. O PT chegou a tentar nos bastidores impedir a escolha de Demóstenes para a relatoria, mas acabou abrindo mão do cargo por temer retaliações dos oposicionistas na votação de matérias do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que tramitam no Senado.
Viana disse que o governo decidiu cumprir o acordo para garantir o direito previsto pela Constituição Federal à minoria (oposição) de fiscalizar as ações do Poder Executivo.
"A oposição é merecedora da relatoria porque exerceu seu legítimo direito que a Constituição exige de fiscalizar", disse.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), elogiou o cumprimento do acordo por parte dos governistas. "Louvo o entendimento e o equilíbrio de forças nessa comissão. Se quisermos prestar contas à sociedade, teremos uma boa oportunidade", afirmou.
Trabalhos
Demóstenes propôs restringir as investigações da CPI a três pontos: as causas do acidente aéreo com o boeing da Gol, a crise aérea vivida no país e apurar supostas ações de corrupção na Infraero. "Nós não vamos inventar culpados. Já entrei em contato com a Polícia Federal, Ministério Público Federal e vamos falar com a Controladoria Geral da União, pegar todos os documentos existentes e traçar um plano de investigação", disse o relator.
O senador democrata adiantou que não vai isentar "quem quer que seja" nas investigações, seja do governo federal ou da oposição. Mas prometeu não transformar a CPI em "palco de disputa política" --como defendem os governistas.
"Se o sujeito roubou na Infraero de São Paulo, o que o senador Tião Viana ou Sibá Machado [PT-AC] tem com isso? Que tropa de choque tem que ser constituída para proteger quem quer que seja? Se é do PT ou do PSDB, não importa. Vamos agir com responsabilidade, essa é nossa missão."
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O petista cumpriu o acordo firmado com a oposição e escolheu o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para relator da CPI. O PT chegou a tentar nos bastidores impedir a escolha de Demóstenes para a relatoria, mas acabou abrindo mão do cargo por temer retaliações dos oposicionistas na votação de matérias do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que tramitam no Senado.
Viana disse que o governo decidiu cumprir o acordo para garantir o direito previsto pela Constituição Federal à minoria (oposição) de fiscalizar as ações do Poder Executivo.
"A oposição é merecedora da relatoria porque exerceu seu legítimo direito que a Constituição exige de fiscalizar", disse.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), elogiou o cumprimento do acordo por parte dos governistas. "Louvo o entendimento e o equilíbrio de forças nessa comissão. Se quisermos prestar contas à sociedade, teremos uma boa oportunidade", afirmou.
Trabalhos
Demóstenes propôs restringir as investigações da CPI a três pontos: as causas do acidente aéreo com o boeing da Gol, a crise aérea vivida no país e apurar supostas ações de corrupção na Infraero. "Nós não vamos inventar culpados. Já entrei em contato com a Polícia Federal, Ministério Público Federal e vamos falar com a Controladoria Geral da União, pegar todos os documentos existentes e traçar um plano de investigação", disse o relator.
O senador democrata adiantou que não vai isentar "quem quer que seja" nas investigações, seja do governo federal ou da oposição. Mas prometeu não transformar a CPI em "palco de disputa política" --como defendem os governistas.
"Se o sujeito roubou na Infraero de São Paulo, o que o senador Tião Viana ou Sibá Machado [PT-AC] tem com isso? Que tropa de choque tem que ser constituída para proteger quem quer que seja? Se é do PT ou do PSDB, não importa. Vamos agir com responsabilidade, essa é nossa missão."
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