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17/05/2007 - 13h44

Coronel admite falhas de comunicação em radares de controle aéreo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da comissão da Aeronáutica que investiga o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, coronel Rufino Ferreira, admitiu hoje em depoimento à CPI do Apagão Aéreo na Câmara que existem "falhas de comunicação" nos radares de controle de tráfego aéreo do país. Ao ser questionado por parlamentares se existem "pontos cegos" no sistema de controle aéreo, Rufino negou.

"Não existem pontos cegos. Mas há algumas falhas de comunicação", disse o coronel. A Aeronáutica já negou oficialmente a existência de "buracos negros" no controle do espaço aéreo, mas admitiu que podem ocorrer "lacunas".

Relatórios sigilosos recebidos desde o início da crise aérea por parlamentares da oposição apontam que aviões sumiram dos radares do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, além da existência de multiplicação de pistas de pouso e mudanças na altitude das aeronaves sem a autorização de torres de comando.

O relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), apontou contradições entre o depoimento de Rufino e do delegado da Polícia Federal, Renato Sayão, que nesta semana foi à CPI falar das investigações sobre a queda com o Boeing da Gol.

Segundo Maia, Sayão disse que a CPI não tem poderes para investigar os controladores de vôo --já que eles estão submetidos às determinações da Justiça Militar. Rufino disse hoje, em seu depoimento, que poderia ser aberto inquérito policial militar para investigar os controladores se a PF fizer a solicitação.

Bate-boca

Os integrantes da CPI se irritaram com o presidente da comissão, Marcelo Castro (PMDB-PI), que encerrou o depoimento de Rufino dentro do prazo estipulado antes do início da sessão. Diversos parlamentares alegaram que ainda tinham uma série de questionamentos a fazer ao coronel antes do fim de suas palavras.

"Não pode se julgar se as perguntas que virão serão boas ou não. Sempre pode acontecer de, no decorrer do depoimento, terem perguntas boas. Assim, todo mundo vai começar a apresentar requerimentos para ter mais tempo para falar", reclamou o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) ao comentar a prerrogativa dos autores dos requerimentos de interrogarem por mais tempo os depoentes.

Maia defendeu "equilíbrio" entre os parlamentares nos depoimentos. "Temos que ser ágeis para responder a todas as perguntas e, ao mesmo tempo, buscar o equilíbrio entre a necessidade de ouvi-los e o nosso tempo", disse o relator.

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