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17/05/2007
-
16h36
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os trabalhos da CPI do Apagão Aéreo na Câmara nesta quinta-feira foram marcados por desavenças entre parlamentares do governo e da oposição. Os oposicionistas acusam o presidente e o relator da CPI, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) e Marco Maia (PT-RS), de estarem a serviço do governo para retardar as investigações da comissão.
O impasse teve início quando Castro decidiu encerrar os trabalhos da CPI com menos de duas horas de depoimento do brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Ele encerrou os trabalhos diante do início das votações no plenário da Câmara.
O presidente da CPI explicou que o regimento da Casa Legislativa impede o funcionamento de qualquer comissão depois que a ordem do dia tem início no plenário.
Como apenas os dois deputados autores do requerimento haviam feito perguntas ao brigadeiro, a oposição reagiu. "A pizza já está no forno. É evidente que dessa maneira a CPI não vai avançar. As pessoas que têm perguntas que incomodam o governo não estão tendo o direito de falar", protestou a deputada Luciana Genro (PSOL-RS).
Castro rebateu as acusações da deputada ao afirmar que um dos parlamentares que fez perguntas ao brigadeiro foi Vanderlei Macris (PSDB-SP) --que é da oposição. "Não houve privilégio de A ou B. Eu sou servo do regimento. Quem me criticar ou pedir para que eu não cumpra o regimento está perdendo o seu tempo."
Maia também reagiu à oposição depois de ser acusado por Luciana Genro de "demonstrar ignorância" em suas perguntas ao brigadeiro. O relator se mostrou surpreso quando Kersul disse que alguns aviões brasileiros são abastecidos com álcool --e pediu que o brigadeiro falasse sobre o tema.
"Ignorante em relação à CPI são as perguntas realizadas pela deputada [Luciana Genro] que têm como objetivo atacar o governo. Eu não escreverei política no relatório, mas vou apontar soluções para a crise", disse o relator.
Agenda
O presidente da CPI convocou os parlamentares para ouvirem, na próxima terça-feira, Jorge Botelho (presidente do Sindicato dos Controladores de Vôo) e Wellington Rodrigues (presidente da Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo). Na quarta-feira, os deputados vão votar requerimentos de convocações para novos depoimentos na comissão.
Na quinta-feira, a CPI vai ouvir os depoimentos do presidente da Anac (Agência Nacional de Avião Civil), Milton Zuanazzi, e do chefe do Decea (Departamento de Controle de Espaço Aéreo), Ramón Borges Cardoso.
Hoje à noite, o comando da CPI vai se reunir com o ministro Tarso Genro (Justiça) para pedir o apoio do governo na convocação dos pilotos do jato Legacy, Jan Paul Paladino e Joseph Lepore. A CPI aprovou requerimento para que os pilotos prestem depoimento, mas como são norte-americanos, os deputados esperam que o governo ajude a comissão a obrigá-los a depor.
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da Folha Online, em Brasília
Os trabalhos da CPI do Apagão Aéreo na Câmara nesta quinta-feira foram marcados por desavenças entre parlamentares do governo e da oposição. Os oposicionistas acusam o presidente e o relator da CPI, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) e Marco Maia (PT-RS), de estarem a serviço do governo para retardar as investigações da comissão.
O impasse teve início quando Castro decidiu encerrar os trabalhos da CPI com menos de duas horas de depoimento do brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Ele encerrou os trabalhos diante do início das votações no plenário da Câmara.
O presidente da CPI explicou que o regimento da Casa Legislativa impede o funcionamento de qualquer comissão depois que a ordem do dia tem início no plenário.
Como apenas os dois deputados autores do requerimento haviam feito perguntas ao brigadeiro, a oposição reagiu. "A pizza já está no forno. É evidente que dessa maneira a CPI não vai avançar. As pessoas que têm perguntas que incomodam o governo não estão tendo o direito de falar", protestou a deputada Luciana Genro (PSOL-RS).
Castro rebateu as acusações da deputada ao afirmar que um dos parlamentares que fez perguntas ao brigadeiro foi Vanderlei Macris (PSDB-SP) --que é da oposição. "Não houve privilégio de A ou B. Eu sou servo do regimento. Quem me criticar ou pedir para que eu não cumpra o regimento está perdendo o seu tempo."
Maia também reagiu à oposição depois de ser acusado por Luciana Genro de "demonstrar ignorância" em suas perguntas ao brigadeiro. O relator se mostrou surpreso quando Kersul disse que alguns aviões brasileiros são abastecidos com álcool --e pediu que o brigadeiro falasse sobre o tema.
"Ignorante em relação à CPI são as perguntas realizadas pela deputada [Luciana Genro] que têm como objetivo atacar o governo. Eu não escreverei política no relatório, mas vou apontar soluções para a crise", disse o relator.
Agenda
O presidente da CPI convocou os parlamentares para ouvirem, na próxima terça-feira, Jorge Botelho (presidente do Sindicato dos Controladores de Vôo) e Wellington Rodrigues (presidente da Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo). Na quarta-feira, os deputados vão votar requerimentos de convocações para novos depoimentos na comissão.
Na quinta-feira, a CPI vai ouvir os depoimentos do presidente da Anac (Agência Nacional de Avião Civil), Milton Zuanazzi, e do chefe do Decea (Departamento de Controle de Espaço Aéreo), Ramón Borges Cardoso.
Hoje à noite, o comando da CPI vai se reunir com o ministro Tarso Genro (Justiça) para pedir o apoio do governo na convocação dos pilotos do jato Legacy, Jan Paul Paladino e Joseph Lepore. A CPI aprovou requerimento para que os pilotos prestem depoimento, mas como são norte-americanos, os deputados esperam que o governo ajude a comissão a obrigá-los a depor.
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