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17/05/2007
-
16h44
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Ernani Soares Gomes Filho, um dos presos pela Operação Navalha deflagrada hoje pela Polícia Federal, já trabalhou nos gabinetes de quatro parlamentares na Câmara dos Deputados. Atualmente, ele atua como funcionário do gabinete do deputado Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG).
O deputado confirmou que ele trabalha no seu gabinete desde fevereiro de 2007, com um salário "de cerca de R$ 4.000" e que não pretende exonerá-lo, por enquanto.
O deputado disse que conhece Ernani há 27 anos e que foi surpreendido com a notícia da prisão do assessor. A Polícia Federal informou que Ernani era "peça fundamental" na organização criminosa porque conseguia informações privilegiadas no Ministério do Planejamento. Essas informações davam vantagem à quadrilha na disputa pela destinação de recursos. Além de conseguir a liberação de recursos para obras de interesse do grupo.
Ernani é servidor do ministério, mas está cedido para a Câmara, pelo menos, desde 2003. Segundo Moreira, Ernani o assessorava na área de orçamento. "Ele é um curinga, uma pessoa muito inteligente. Para mim é uma surpresa", disse.
O deputado disse que antes de tomar qualquer medida administrativa --como a exoneração do seu subordinado-- vai esperar que ele se explique.
Antes de assessorar o progressista, de 2005 a fevereiro de 2007, Ernani trabalhava com o ex-deputado Cleonâncio Fonseca (PP-SE), quando recebia um dos maiores salários do gabinete. Foi Cleonâncio quem indicou Ernani para o gabinete de Moreira.
Em 2005, o servidor trabalhou com o ex-deputado Gerson Gabrielli (DEM-BA). Seu primeiro emprego na Câmara, segundo os registros da Casa, foi no gabinete da ex-deputada Nair Xavier Lobo, de onde foi exonerado em fevereiro de 2003.
Além de se surpreender com a prisão do assessor, o deputado Márcio Reinaldo Moreira disse que também ficou "chocado" com a prisão de Roberto Figueiredo, presidente do BRB (Banco de Brasília). O deputado disse que era secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional no governo Itamar Franco quando Figueiredo era secretário do Tesouro.
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Ernani Soares Gomes Filho, um dos presos pela Operação Navalha deflagrada hoje pela Polícia Federal, já trabalhou nos gabinetes de quatro parlamentares na Câmara dos Deputados. Atualmente, ele atua como funcionário do gabinete do deputado Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG).
O deputado confirmou que ele trabalha no seu gabinete desde fevereiro de 2007, com um salário "de cerca de R$ 4.000" e que não pretende exonerá-lo, por enquanto.
O deputado disse que conhece Ernani há 27 anos e que foi surpreendido com a notícia da prisão do assessor. A Polícia Federal informou que Ernani era "peça fundamental" na organização criminosa porque conseguia informações privilegiadas no Ministério do Planejamento. Essas informações davam vantagem à quadrilha na disputa pela destinação de recursos. Além de conseguir a liberação de recursos para obras de interesse do grupo.
Ernani é servidor do ministério, mas está cedido para a Câmara, pelo menos, desde 2003. Segundo Moreira, Ernani o assessorava na área de orçamento. "Ele é um curinga, uma pessoa muito inteligente. Para mim é uma surpresa", disse.
O deputado disse que antes de tomar qualquer medida administrativa --como a exoneração do seu subordinado-- vai esperar que ele se explique.
Antes de assessorar o progressista, de 2005 a fevereiro de 2007, Ernani trabalhava com o ex-deputado Cleonâncio Fonseca (PP-SE), quando recebia um dos maiores salários do gabinete. Foi Cleonâncio quem indicou Ernani para o gabinete de Moreira.
Em 2005, o servidor trabalhou com o ex-deputado Gerson Gabrielli (DEM-BA). Seu primeiro emprego na Câmara, segundo os registros da Casa, foi no gabinete da ex-deputada Nair Xavier Lobo, de onde foi exonerado em fevereiro de 2003.
Além de se surpreender com a prisão do assessor, o deputado Márcio Reinaldo Moreira disse que também ficou "chocado" com a prisão de Roberto Figueiredo, presidente do BRB (Banco de Brasília). O deputado disse que era secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional no governo Itamar Franco quando Figueiredo era secretário do Tesouro.
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