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22/05/2007
-
11h57
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, afirmou nesta terça-feira, durante depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, que pode ter havido falha dos controladores de tráfego áereo no dia do acidente entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, que resultou na morte de 154 pessoas.
Segundo Botelho, as falhas dos controladores podem ter sido conseqüência do que chamou de "problemas estruturais" do setor de controle de tráfego aéreo.
"Ao meu ver, pode ter havido erro dos controladores. Agora, eu não admito, que querendo punir os controladores, não queiram punir as autoridades que não solucionam as deficiências."
No depoimento, o presidente do sindicato fez críticas às condições de trabalho dos controladores civis e militares. Ele admitiu que mais de 90% dos controladores de tráfego aéreo acumulam a jornada com um segundo emprego --o que, na sua opinião, coloca em risco a aviação brasileira.
Botelho também fez críticas ao contingenciamento de verbas da Aeronáutica, que prejudica, entre outros aspectos, que os controladores aprendam inglês --língua utilizada nos principais comandos de aviação.
"Eu mesmo comecei a fazer o curso quatro vezes e o pouco mais que sei de inglês sei por conta própria", afirmou.
Ele ainda fez críticas ao chamados "relatórios de perigo" elaborados pelos controladores de vôo e encaminhados à Aeronáutica quando são detectadas falhas no sistema aéreo. Segundo Botelho, "não há nenhum retorno da Aeronáutica sobre as falhas relatadas por controladores nestes relatórios".
No depoimento, ele também admitiu que existem as chamadas "zonas cegas" no controle de tráfego aéreo do país. Ele afirmou que já ouviu até reclamações de associações internacionais de controladores de vôos sobre a existência dessas "zonas cegas" no controle do espaço aéreo brasileiro, além de críticas ao software utilizado nos radares.
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Sindicalista admite falha de controladores de vôo e vê "problemas estruturais"
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, afirmou nesta terça-feira, durante depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, que pode ter havido falha dos controladores de tráfego áereo no dia do acidente entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, que resultou na morte de 154 pessoas.
Segundo Botelho, as falhas dos controladores podem ter sido conseqüência do que chamou de "problemas estruturais" do setor de controle de tráfego aéreo.
"Ao meu ver, pode ter havido erro dos controladores. Agora, eu não admito, que querendo punir os controladores, não queiram punir as autoridades que não solucionam as deficiências."
No depoimento, o presidente do sindicato fez críticas às condições de trabalho dos controladores civis e militares. Ele admitiu que mais de 90% dos controladores de tráfego aéreo acumulam a jornada com um segundo emprego --o que, na sua opinião, coloca em risco a aviação brasileira.
Botelho também fez críticas ao contingenciamento de verbas da Aeronáutica, que prejudica, entre outros aspectos, que os controladores aprendam inglês --língua utilizada nos principais comandos de aviação.
"Eu mesmo comecei a fazer o curso quatro vezes e o pouco mais que sei de inglês sei por conta própria", afirmou.
Ele ainda fez críticas ao chamados "relatórios de perigo" elaborados pelos controladores de vôo e encaminhados à Aeronáutica quando são detectadas falhas no sistema aéreo. Segundo Botelho, "não há nenhum retorno da Aeronáutica sobre as falhas relatadas por controladores nestes relatórios".
No depoimento, ele também admitiu que existem as chamadas "zonas cegas" no controle de tráfego aéreo do país. Ele afirmou que já ouviu até reclamações de associações internacionais de controladores de vôos sobre a existência dessas "zonas cegas" no controle do espaço aéreo brasileiro, além de críticas ao software utilizado nos radares.
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