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22/05/2007 - 14h19

Chinaglia vai solicitar à PF cópia do inquérito da Operação Navalha

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), vai solicitar à Polícia Federal cópia do inquérito da Operação Navalha para descobrir se há o envolvimento de parlamentares no esquema de fraudes em licitações do governo. Em reunião de líderes na manhã desta terça-feira, que durou duas horas, Chinaglia decidiu criar comissão integrada por parlamentares de todos os partidos para analisar os documentos da PF.

"O presidente vai pedir que se envie para cá os autos para que deixe de se pairar dúvidas sobre nós. Nosso medo é que as algemas não se antecipem ao resto das investigações", disse o líder do governo na Câmara, deputado José Múcio (PTB-PE).

A estratégia dos parlamentares é analisar o inquérito da PF antes de decidirem sobre a instalação de uma CPI para investigar as fraudes desmontadas pela Operação Navalha. Os líderes temem o envolvimento de parlamentares de todos os partidos nas irregularidades --por isso estão cautelosos em relação à CPI.

"De posse dos documentos da Polícia Federal é que devemos decidir se haverá CPI. O que não dá é para ficar com esse conta-gotas [de denúncias] atingindo a instituição. Na minha opinião, se tiver o envolvimento de autoridades do Legislativo, sou a favor da CPI", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP).

O líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), afirmou ser favorável à criação de CPI Mista (Câmara e Senado) para apurar as fraudes nas licitações do governo. "Uma CPI Mista será útil para aprofundar as investigações de uma situação grave", disse.

Reforma política

Os líderes discutiram na reunião a votação da reforma política, considerada por diversos parlamentares como a solução para evitar novos escândalos de corrupção no país. Múcio explicou que, como não há consenso entre os partidos para a votação da reforma, os deputados concordaram em fatiar a discussão.

"Não há unanimidade. O assunto será discutido caso a caso, para votarmos ponto a ponto da reforma", disse.

O líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ), defendeu a aprovação do financiamento público de campanhas eleitorais para evitar ações de corrupção no setor público. O tema não é consenso nem entre os parlamentares da base aliada do governo.

O líder do PR na Casa Legislativa, Luciano Castro (RR), disse que o financiamento público e outras mudanças previstas na reforma política não vão reduzir as ações de corrupção no país. "Corrupção é da índole do cidadão. Se o sujeito quer ser corrupto, vai ser sem estar vinculado ou não a partidos. A reforma política não resolve esse problema."

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