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22/05/2007 - 18h53

Cúpula do PMDB diverge sobre saída de Silas Rondeau do governo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em uma mesma reunião, por volta do meio-dia de hoje, os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), principais articuladores da indicação do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) para a pasta, conversaram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a permanência dele no cargo.

O encontro não foi confirmado oficialmente pelo Palácio do Planalto, mas a Folha Online apurou que o partido no Senado articula para continuar com o comando do ministério caso Rondeau deixe o cargo.

A cúpula de senadores do PMDB conversa de forma sistemática desde que as denúncias contra o ministro vieram à tona. Além de Renan e Sarney, os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Roseana Sarney (PMDB-MA) fazem avaliações detalhadas sobre a situação de Rondeau.

Sarney foi o único a defender que o ministro entregue o cargo para se defender das acusações fora do governo. Apesar da recomendação, o senador acredita na inocência de Rondeau --assim como o restante da cúpula do partido no Senado. Ao contrário de Sarney, os demais peemedebistas defendem que ele permaneça na pasta para provar sua inocência dentro do governo.

A avaliação do grupo é que o ministro pode ser vítima de uma ação de partidos governistas interessados na pasta, uma vez que o Ministério de Minas e Energia é responsável por investimentos elevados e reúne estatais de peso sob sua coordenação. O esforço do PMDB do Senado, no entanto, é de manter o comando do ministério --cobiçado por diversos partidos diante do elevado percentual de recursos administrados na pasta.

Demissão

Rondeau se reuniu nesta tarde por cerca de uma hora com o presidente Lula para discutir sua permanência na pasta. A reunião foi interrompida para o presidente dar continuidade a compromissos previstos em sua agenda oficial. A conversa será retomada ainda hoje, quando Lula pretende bater o martelo sobre o futuro de Rondeau.

A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon colhe desde o início da noite o depoimento de Ivo Almeida Costa, assessor especial do Ministério de Minas e Energia.

O depoimento é considerado decisivo para o ministro, já que o assessor é apontado pela Polícia Federal como o responsável por ter recebido na sede do ministério os R$ 100 mil da empresa Gautama que teriam sido repassados como propina a Rondeau.

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