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24/05/2007 - 18h32

Tarso admite vazamento de informação da PF e diz que falhas serão corrigidas

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

O ministro Tarso Genro (Justiça) admitiu nesta quinta-feira o possível vazamento da Polícia Federal de informações sigilosas do inquérito da Operação Navalha --que desarticulou uma suposta quadrilha que fraudava licitações para realização de obras públicas. A conduta da PF na operação foi criticada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.

"Se houve algum equívoco, algum vazamento, e é possível que tenha havido, se houver alguma lesão ao direito individual de alguém, isso deve ser corrigido", disse Tarso hoje à tarde no Rio.

Mendes diz que foi constrangido pelo suposto vazamento de informações da PF que tiveram o objetivo de intimidá-lo após ele ter concedido habeas corpus que soltaram vários dos 48 presos pela Operação Navalha. Entre as supostas ocorrências de vazamento estariam conversas da PF que mostrariam conversas de um homônimo de Mendes com a máfia.

Ontem à noite, Mendes acusou a PF de utilizar métodos "fascistas" na Operação Navalha. Ele disse ser uma "canalhice" o vazamento de informações pela PF e responsabilizou Tarso pela ocorrência dessa irregularidade.

Tarso evitou comentar as críticas de Mendes. "Eu não vou me manifestar porque esse é um assunto de relacionamento entre os dois Poderes: o Judiciário e o Executivo. E não é recomendável que os dois Poderes façam debate público, debate para jornal. Já disse ao ministro e ele vai fazer uma representação para apontar em que situações houve vazamento."

O ministro da Justiça minimizou a ordem dada hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de investigar o possível vazamento de informação. "No momento que recebermos a denúncia formal, ela será investigada. Isso é simplesmente rotina. Essa determinação do presidente será cumprida rigorosamente. Aliás, nós já estávamos tomando algumas providências."

Tarso, no entanto, aproveitou para fazer vários elogios ao trabalho da PF. "Quero deixar bem claro que todas as ações, todas as tarefas cumpridas pela PF, foram rigorosamente controladas pelo Ministério Público e pelo STJ, portanto, da Procuradoria e do Judiciário, um comando firme, um comando correto."

Ele visitou hoje a Cufa (Central Única de Favelas), na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, ao lado do rapper MV Bill, um dos fundadores do movimento.

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