Publicidade
Publicidade
04/09/2003
-
18h12
da Folha Online
Análises de DNA realizadas em animais vendidos em mercados no sudeste da China confirmaram que o vírus da Sars (sigla em inglês para síndrome respiratória aguda grave) passou deles para o homem, segundo artigo publicado pela "Science".
Pesquisadores chineses encontraram diferenças entre as versões do vírus que atacaram animais e humanos, mas disseram que elas são pequenas o suficiente para demonstrar a teoria.
"A pergunta que todo mundo se fazia era: 'como esse vírus apareceu na população humana?'", disse Kathryn Holmes, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Colorado, especialista na família a que pertence o coronavírus da Sars. "Essa é a primeira dica que temos sobre a origem desse contato."
A equipe de Yi Guan, da Universidade de Hong Kong, realizou testes em oito animais encontrados em um mercado de Shenzhen, no sudeste da China, além de 95 funcionários do local e pacientes hospitalizados com outras doenças que não a Sars.
A principal suspeita recaiu sobre um almiscareiro, pequeno ruminante da família dos cervídeos, animal valioso no sudeste da China. A equipe de Guan também realizou testes com outros animais, inclusive um racum --mamífero carnívoro, de hábitos noturnos-- e um furão.
Nos animais, foram encontrados anticorpos para um tipo de coronavírus semelhante ao da Sars e o próprio vírus.
"Como detectamos o coronavírus semelhante ao da Sars em diversas espécies de animais do mercado, o mercado deve ser uma fonte importante do vírus para os humanos", disse Guan. Para o cientista, ainda é cedo para dizer que o almiscareiro ou algum dos suspeitos foi a fonte primeira da epidemia.
O estudo da Universidade de Hong Kong também indica que muitos dos funcionários do mercado chinês possuíam anticorpos contra o vírus, mas não desenvolveram a doença. Ter anticorpos para um vírus significa que uma pessoa foi exposta a ele, e seu sistema imunológico respondeu.
A Sars emergiu no sudeste asiático em novembro de 2002. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), até maio deste ano, o vírus infectou cerca de 8.500 pessoas em 30 países. Mais de 800 morreram.
Nos últimos meses, não há registros de novos casos da doença. Mas especialistas temem que ela possa voltar no próximo outono no hemisfério norte porque os coronavírus são sazonais, assim como o vírus da gripe.
Com agências internacionais
Especial
Saiba tudo sobre a Sars
Vírus da Sars surgiu em animais, confirmam cientistas na China
Publicidade
Análises de DNA realizadas em animais vendidos em mercados no sudeste da China confirmaram que o vírus da Sars (sigla em inglês para síndrome respiratória aguda grave) passou deles para o homem, segundo artigo publicado pela "Science".
Pesquisadores chineses encontraram diferenças entre as versões do vírus que atacaram animais e humanos, mas disseram que elas são pequenas o suficiente para demonstrar a teoria.
"A pergunta que todo mundo se fazia era: 'como esse vírus apareceu na população humana?'", disse Kathryn Holmes, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Colorado, especialista na família a que pertence o coronavírus da Sars. "Essa é a primeira dica que temos sobre a origem desse contato."
A equipe de Yi Guan, da Universidade de Hong Kong, realizou testes em oito animais encontrados em um mercado de Shenzhen, no sudeste da China, além de 95 funcionários do local e pacientes hospitalizados com outras doenças que não a Sars.
A principal suspeita recaiu sobre um almiscareiro, pequeno ruminante da família dos cervídeos, animal valioso no sudeste da China. A equipe de Guan também realizou testes com outros animais, inclusive um racum --mamífero carnívoro, de hábitos noturnos-- e um furão.
Nos animais, foram encontrados anticorpos para um tipo de coronavírus semelhante ao da Sars e o próprio vírus.
"Como detectamos o coronavírus semelhante ao da Sars em diversas espécies de animais do mercado, o mercado deve ser uma fonte importante do vírus para os humanos", disse Guan. Para o cientista, ainda é cedo para dizer que o almiscareiro ou algum dos suspeitos foi a fonte primeira da epidemia.
O estudo da Universidade de Hong Kong também indica que muitos dos funcionários do mercado chinês possuíam anticorpos contra o vírus, mas não desenvolveram a doença. Ter anticorpos para um vírus significa que uma pessoa foi exposta a ele, e seu sistema imunológico respondeu.
A Sars emergiu no sudeste asiático em novembro de 2002. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), até maio deste ano, o vírus infectou cerca de 8.500 pessoas em 30 países. Mais de 800 morreram.
Nos últimos meses, não há registros de novos casos da doença. Mas especialistas temem que ela possa voltar no próximo outono no hemisfério norte porque os coronavírus são sazonais, assim como o vírus da gripe.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice