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25/09/2003
-
16h23
da Folha Online
O cérebro humano não é uma rede de informações fixa, já estabelecida e limitada, mas uma rede dinâmica que se adapta constantemente para atender às demandas de comunicação, cujo córtex tem uma capacidade potencial de tráfego de informações comparável à capacidade de todos os backbones --estruturas centrais-- que a internet possuia no final de 2002, segundo cientistas do Instituto Salk e da Universidade de Cambridge.
O estudo, que será publicado na edição de amanhã da revista "Science", usa a rede mundial de computadores como referência para a capacidade do cérebro humano. Mas os cientistas afirmam que a comparação é, de certa forma, pobre para entender como funciona o cérebro, que seria mais como um "dispositivo híbrido de pouco consumo de energia".
"Esses híbridos oferecem a habilidade de dispositivos analógico para realizar diretamente e de modo econômico operações aritméticas, como divisões, combinada com a habilidade de dispositivos digitais de resistir a ruídos", afirma Terrence Sejnowski, do Instituto Salk.
Evolução
"No passado, só éramos capazes de ver o cérebro trabalhar observando neurônios ou redes de neurônios separadamente. Podíamos ver apenas as árvores, para explicar melhor. Com o avanço das técnicas, podemos ter uma perspectiva global. Estamos vendo a floresta inteira e nos perguntamos: como essa floresta evoluiu?", completa o pesquisador.
Ao evoluir durante milhões de anos, segundo Sejnowski, o cérebro se tornou incrivelmente eficiente e poderoso. A natureza teria otimizado a estrutura e a função das redes corticais com princípios de desenho semelhantes aos usados em redes eletrônicas.
"Essa é uma era importante para o entendimento de como o cérebro funciona. Há uma tremenda quantidade de informação distribuída por regiões distantes do cérebro. De onde ela vem? Para onde vai? Como o cérebro lida com ela? São perguntas que não conseguimos responder até agora. Mas acredito que, ao longo da próxima década, começaremos a desenvolver algumas respostas", diz Sejnowski.
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Cérebro tem capacidade comparável à de toda internet, diz estudo
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O cérebro humano não é uma rede de informações fixa, já estabelecida e limitada, mas uma rede dinâmica que se adapta constantemente para atender às demandas de comunicação, cujo córtex tem uma capacidade potencial de tráfego de informações comparável à capacidade de todos os backbones --estruturas centrais-- que a internet possuia no final de 2002, segundo cientistas do Instituto Salk e da Universidade de Cambridge.
O estudo, que será publicado na edição de amanhã da revista "Science", usa a rede mundial de computadores como referência para a capacidade do cérebro humano. Mas os cientistas afirmam que a comparação é, de certa forma, pobre para entender como funciona o cérebro, que seria mais como um "dispositivo híbrido de pouco consumo de energia".
"Esses híbridos oferecem a habilidade de dispositivos analógico para realizar diretamente e de modo econômico operações aritméticas, como divisões, combinada com a habilidade de dispositivos digitais de resistir a ruídos", afirma Terrence Sejnowski, do Instituto Salk.
Evolução
"No passado, só éramos capazes de ver o cérebro trabalhar observando neurônios ou redes de neurônios separadamente. Podíamos ver apenas as árvores, para explicar melhor. Com o avanço das técnicas, podemos ter uma perspectiva global. Estamos vendo a floresta inteira e nos perguntamos: como essa floresta evoluiu?", completa o pesquisador.
Ao evoluir durante milhões de anos, segundo Sejnowski, o cérebro se tornou incrivelmente eficiente e poderoso. A natureza teria otimizado a estrutura e a função das redes corticais com princípios de desenho semelhantes aos usados em redes eletrônicas.
"Essa é uma era importante para o entendimento de como o cérebro funciona. Há uma tremenda quantidade de informação distribuída por regiões distantes do cérebro. De onde ela vem? Para onde vai? Como o cérebro lida com ela? São perguntas que não conseguimos responder até agora. Mas acredito que, ao longo da próxima década, começaremos a desenvolver algumas respostas", diz Sejnowski.
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