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09/10/2003 - 17h49

Recuperação da camada de ozônio leva ao menos 50 anos, diz Pnuma

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da France Presse, na Cidade do México

O buraco na camada de ozônio atingiu este ano o segundo maior tamanho de sua história --28,5 milhões de km²--, e sua recuperação não ocorrerá antes de 50 anos, afirmou Marco González, secretário de ozônio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

"O buraco atingiu 28,5 milhões de km² no início de setembro deste ano e não diminui, chegamos ao pico das concentrações de gases nocivos e a recuperação total não se dará em menos de cinco décadas", disse González, durante uma reunião de especialistas governamentais sobre o ozônio no México.

A camada de ozônio é um escudo protetor da atmosfera que impede a passagem dos raios ultravioleta do Sol. Caso sua destruição não seja detida, os casos de câncer de pele crescerão 26% e cerca de 2 milhões de novos casos de cataratas serão registrados ao ano, de acordo com dados de Environment Canada.

O funcionário das Nações Unidas disse que as substâncias que afetam a camada de ozônio foram reduzidas em 90% no planeta. No entanto, nos países em desenvolvimento, ainda são usados produtos nocivos, em especial o fertilizante brometo de metila e os gases de refrigeradores antigos.

"O planeta estava à beira de um colapso porque o fitoplâncton [minúsculas plantas marinhas que formam a base do ecossistema] estava sendo destruído antes de que fossem tomadas medidas; o combate aos danos na camada de ozônio é uma das vitórias ambientais", concluiu González.

Alfonso Liau, representante costa-riquenho na reunião, convocou os países latino-americanos a se darem conta de que com "a conservação da biodiversidade todos ganham e traz benefícios econômicos, além do que a Terra é uma ilha onde toda a contaminação afeta o mundo inteiro".

O coordenador do programa para o ozônio no Chile, Jorge Leyva, disse que "durante esta década estamos no pior momento do buraco [na camada de ozônio], mas em meados do século a camada estará restituída se continuarem os esforços para reverter o efeito".

O especialista chileno considerou que a cidadania "deve exigir às empresas que só utilizem produtos que não afetem o ambiente" e recomendou aos camponeses que utilizem alternativas aos pesticidas para lidar com as pragas e a solarização.

"Entre as medidas a serem tomadas está a de que as pessoas façam o esforço para renovar os refrigeradores fabricados antes de 1990, que são muito nocivos", disse o uruguaio Guillermo Castella, funcionário da Organização de Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas.

Castella convocou as indústrias e os governos a descartarem o uso de qualquer produto ou artefato com tecnologia antiga que prejudique o ozônio, como os ares-condicionados antigos, pesticidas e todo tipo de aerosol que contenha clorofluorocarbonetos.

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