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14/10/2003 - 22h41

China se torna o 3º país do mundo a enviar um homem ao espaço

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da Folha Online

A China lançou na manhã desta quarta-feira um homem ao espaço, a bordo da nave Shenzhou-5, e se tornou o terceiro país do mundo a realizar um vôo tripulado, ao lado da ex-União Soviética e dos Estados Unidos. A informação é da agência de notícias Nova China.

O lançamento da Shenzhou-5 por um foguete Longa Marcha-2F aconteceu às 9h (22h de terça-feira em Brasília) numa instalação situada no deserto de Gobi, na Mongólia.

A janela de lançamento estaria aberta até a próxima sexta-feira, para contornar imprevistos como mau tempo, porém, o foguete foi lançado logo na primeira hora que essa janela foi aberta.

A Shenzhou-5 é um veículo até mais versátil do que a Soyuz TMA (última versão da nave russa, usada desde 1967), com capacidade para três tripulantes e 20 dias de vôo autônomo.

Reuters

Foguete Longa Marcha-2F decola na Mongólia levando a primeira nave tripulada chinesa
A nave fará 14 órbitas em volta da Terra em 21 horas e a uma altitude de 343 km, antes de aterrissar na planície da Mongólia central, informaram as autoridades espaciais chinesas.

Astronauta

De acordo com a agência de notícias apenas o astronauta Yang Liwei, 38, seguiu a bordo da nave.

O jornal "Wen wei Po", de Hong Kong, informou que Liwei, originário do nordeste do país, era o candidato ideal para fazer a viagem, apesar da nave poder levar até três passageiros.

O astronauta já se comunicou com a base. "Estou me sentindo bem e minhas condições estão normais", disse, 34 minutos após o lançamento.

Zhai Zhigang e Nie Haisheng aparecem na segunda e terceira posições na lista de 14 astronautas treinados, segundo o jornal, que deu a maioria das informações relativas ao lançamento quando a imprensa continental se mantinha em silêncio a respeito.

Antes do vôo

Equipes técnicas realizaram na noite de ontem as últimas checagens dos sistemas elétricos da plataforma e os últimos testes do lançador, procedimento que antecede o abastecimento do foguete para a realização da decolagem.

Os detalhes do plano de vôo da missão foram definidos no último sábado, em meio a um conflito entre as agendas técnica e política do programa espacial chinês.

Alguns dos gerentes defendiam uma missão com duração de vários dias e dois tripulantes a bordo, mais arrojada que as conduzidas pelo russo Iuri Gagarin e pelo americano John Glenn, os pioneiros de vôo orbital.

A escolha de apenas um astronauta a embarcar na Shenzhou-5 reforça a idéia a imagem de um pioneiro e herói chinês, alguém que se recubra da mesma glória compartilhada pelo russo Iuri Gagarin e pelo norte-americano John Glenn.

A Rússia teve participação direta no desenvolvimento da nave chinesa. Embora o projeto da Shenzhou tenha sido totalmente concebido na China, ele teve forte envolvimento de especialistas russos e contou com a ajuda da empresa RSC Energia, que vendeu uma cápsula de reentrada da Soyuz aos chineses, para estudos.

Futuro

Os chineses estão vendo com bons olhos futuras oportunidades de cooperação entre os times grandes da exploração espacial. Em entrevista à agência noticiosa Xinhua, Zhang Qingwei, um dos gerentes do programa tripulado chinês, identificou cinco áreas para cooperação internacional: construção de estações, realização de vôos espaciais, uma base lunar, um pouso tripulado em Marte e turismo espacial.

Para ele, a humanidade deverá fazer seu retorno à Lua em duas décadas. Por enquanto, os únicos planos lunares da China consistem numa sonda não-tripulada, a Chang'e, que deve ser lançada rumo ao satélite natural em 2006.

"Nos 20 anos que virão, seres humanos viajarão pelo espaço, e o turismo espacial vai definitivamente se tornar uma indústria", afirmou. "Com o desenvolvimento da tecnologia de vôos tripulados, a humanidade irá constantemente ampliar sua capacidade de usar recursos espaciais e saltar adiante na exploração do espaço."

Com agênicas internacionais

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