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10/11/2003
-
17h12
da France Presse, em Madri (Espanha)
O grupo ambientalista Greenpeace fez um alerta hoje na Espanha ao anunciar que o desastre com o petroleiro Prestige, que naufragou há um ano derramou pelo menos 52 mil toneladas de óleo no mar, poderá acontecer de novo a menos que os navios sejam submetidos a regras e punições mais severas.
O navio liberiano naufragou na costa da Galícia (norte da Espanha), em 19 de novembro de 2002, após ficar à deriva no mar por seis dias no pior desastre ecológico da Espanha, poluindo mais de mil praias em toda a costa norte e as águas na fronteira com Portugal e França.
"Depois do Prestige, nenhuma medida legal foi adotada para garantir que uma catástrofe similar não se repita nas costas européias", disse Juan Lopez de Uralde, diretor do Greenpeace espanhol. "Um ano depois, o mar ainda está sem proteção."
Ele disse que a OMI (Organização Marítima Internacional), subordinada à ONU, "não adotou uma única medida para modificar a situação do transporte de hidrocarbonetos". Uralde insistiu em que agentes poluidores só implementarão a segurança suficientemente "se forem obrigados a pagar por todos os danos causados por vazamentos de petróleo".
"Sempre haverá acidentes, mas o problema é que os industriais não pagam pelas conseqüências", continuou, insistindo em que os poluidores devem ser submetidos a um "regime de responsabilidade ilimitada".
O desastre
O petroleiro, que agora está a 4.000 metros de profundidade, navegava com carga de cerca de 77 mil toneladas e liberou mais de 52 mil toneladas de petróleo no mar, o segundo pior vazamento da história. O naufrágio causou um duro golpe numa região de grande beleza natural, cuja economia depende do turismo e da pesca.
A Galícia luta até hoje para se levantar depois da catástrofe, cujo custo o grupo ambientalista WWF (Fundo Mundial para a Natureza) avaliou em cerca de € 8 bilhões na limpeza de 2.600 km de costa.
Depois da tragédia, a União Européia decidiu, em 2002, proibir petroleiros de cascos simples carregando combustíveis pesados de atracar em portos de seus países-membros. Mas Uralde lembrou que a OMI não adotou a medida, afirmando que tais petroleiros correspondem apenas de "2% a 5% de todos os produtos petroleiros que entram em portos europeus".
Revisão geral
"O próximo vazamento de petróleo está a caminho. A questão não é saber se acontecerá de novo, mas quando e onde", concluiu o Greenpeace em um relatório que alertou para a necessidade de uma revisão geral no sistema de marinha mercante.
Segundo o Greenpeace, o desastre do Prestige foi o pior do tipo na Europa e o segundo na escala global, desde a mancha negra, em 1989, provocada pela catástrofe da Exxon Valdez, na costa do Alasca.
Na semana passada, a organização ecológica WWF/Adena, em seu informe "A mancha continua - Prestige: um ano depois - Avaliação ambiental e sócio-econômica", afirmou que a mancha do Prestige custará US$ 9,13 bilhões entre perdas pesqueiras e tarefas de limpeza por dez anos.
O informe denuncia também que das mais de 70 mil toneladas de petróleo vazados, entre 5.000 e 10 mil continuam à deriva e atingem periodicamente as costas. A WWF/Adena igualmente denuncia a "falta de transparência nos dados e na administração da crise".
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Catástrofe do Prestige pode se repetir, diz Greenpeace
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O grupo ambientalista Greenpeace fez um alerta hoje na Espanha ao anunciar que o desastre com o petroleiro Prestige, que naufragou há um ano derramou pelo menos 52 mil toneladas de óleo no mar, poderá acontecer de novo a menos que os navios sejam submetidos a regras e punições mais severas.
O navio liberiano naufragou na costa da Galícia (norte da Espanha), em 19 de novembro de 2002, após ficar à deriva no mar por seis dias no pior desastre ecológico da Espanha, poluindo mais de mil praias em toda a costa norte e as águas na fronteira com Portugal e França.
"Depois do Prestige, nenhuma medida legal foi adotada para garantir que uma catástrofe similar não se repita nas costas européias", disse Juan Lopez de Uralde, diretor do Greenpeace espanhol. "Um ano depois, o mar ainda está sem proteção."
Ele disse que a OMI (Organização Marítima Internacional), subordinada à ONU, "não adotou uma única medida para modificar a situação do transporte de hidrocarbonetos". Uralde insistiu em que agentes poluidores só implementarão a segurança suficientemente "se forem obrigados a pagar por todos os danos causados por vazamentos de petróleo".
"Sempre haverá acidentes, mas o problema é que os industriais não pagam pelas conseqüências", continuou, insistindo em que os poluidores devem ser submetidos a um "regime de responsabilidade ilimitada".
O desastre
O petroleiro, que agora está a 4.000 metros de profundidade, navegava com carga de cerca de 77 mil toneladas e liberou mais de 52 mil toneladas de petróleo no mar, o segundo pior vazamento da história. O naufrágio causou um duro golpe numa região de grande beleza natural, cuja economia depende do turismo e da pesca.
A Galícia luta até hoje para se levantar depois da catástrofe, cujo custo o grupo ambientalista WWF (Fundo Mundial para a Natureza) avaliou em cerca de € 8 bilhões na limpeza de 2.600 km de costa.
Depois da tragédia, a União Européia decidiu, em 2002, proibir petroleiros de cascos simples carregando combustíveis pesados de atracar em portos de seus países-membros. Mas Uralde lembrou que a OMI não adotou a medida, afirmando que tais petroleiros correspondem apenas de "2% a 5% de todos os produtos petroleiros que entram em portos europeus".
Revisão geral
"O próximo vazamento de petróleo está a caminho. A questão não é saber se acontecerá de novo, mas quando e onde", concluiu o Greenpeace em um relatório que alertou para a necessidade de uma revisão geral no sistema de marinha mercante.
Segundo o Greenpeace, o desastre do Prestige foi o pior do tipo na Europa e o segundo na escala global, desde a mancha negra, em 1989, provocada pela catástrofe da Exxon Valdez, na costa do Alasca.
Na semana passada, a organização ecológica WWF/Adena, em seu informe "A mancha continua - Prestige: um ano depois - Avaliação ambiental e sócio-econômica", afirmou que a mancha do Prestige custará US$ 9,13 bilhões entre perdas pesqueiras e tarefas de limpeza por dez anos.
O informe denuncia também que das mais de 70 mil toneladas de petróleo vazados, entre 5.000 e 10 mil continuam à deriva e atingem periodicamente as costas. A WWF/Adena igualmente denuncia a "falta de transparência nos dados e na administração da crise".
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