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21/01/2004
-
10h55
da Folha Online
Astronautas já comprovaram que a ausência de gravidade provoca mudanças no corpo humano --pode causar, por exemplo, atrofia muscular e óssea. Mas ainda não se sabe ao certo os efeitos que a gravidade em Marte, que corresponde a 38% da gravidade na Terra, pode ter sobre os mamíferos.
Com a chegada da sonda Spirit em Marte, é cada vez mais necessário descobrir como o corpo humano reagiria à gravidade do planeta vermelho.
Para descobrir, entre outras coisas, se o corpo humano funcionaria normalmente em Marte, o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), juntamente com a Universidade de Washington e a Universidade de Queensland (Austrália), planeja colocar ratos na órbita da Terra.
Paul Wooster, do MIT e gerente do projeto Mars Gravity Biosatellite, explica que a idéia da experiência é desenvolver uma cápsula espacial que rotacionará em um movimento semelhante a uma centrífuga, de forma a simular a gravidade de Marte. O satélite rodará cerca de 34 vezes por minuto, gerando uma gravidade artificial de 0,38 g --a mesma existente em Marte.
A equipe de cientistas espera lançar o "Biosatélite" em 2006. Os ratos serão expostos à gravidade de Marte por cerca de cinco semanas. Após esse período, eles serão trazidos de volta à Terra vivos, segundo Wooster.
Pouso
Os "ratonautas" pousarão de pára-quedas em uma área próxima à Woomera, na Austrália, dentro de uma pequena cápsula remanescente do antigo Apollo, da Nasa (agência espacial norte-americana).
O projeto Biosatélite é a primeira experiência conduzida no nível de gravidade de Marte, de acordo com Wooster. Parcialmente financiado pela Nasa, o projeto "tem um forte envolvimento de estudantes em todos os aspectos, incluindo o planejamento científico, o desenvolvimento da cápsula espacial, levantamento de fundos e gerenciamento de toda a experiência", acrescenta Wooster.
A pesquisa focará nas mudanças e eventuais perdas de densidade óssea, atrofia muscular e alterações no canal auditivo, essencial para o equilíbrio corpóreo.
"Nosso principal objetivo é tentar encontrar um ponto entre a gravidade zero e a gravidade um em que seja possível manter as funções corpóreas", conclui o cientista.
Cientistas querem simular gravidade de Marte na órbita da Terra
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Astronautas já comprovaram que a ausência de gravidade provoca mudanças no corpo humano --pode causar, por exemplo, atrofia muscular e óssea. Mas ainda não se sabe ao certo os efeitos que a gravidade em Marte, que corresponde a 38% da gravidade na Terra, pode ter sobre os mamíferos.
Com a chegada da sonda Spirit em Marte, é cada vez mais necessário descobrir como o corpo humano reagiria à gravidade do planeta vermelho.
Para descobrir, entre outras coisas, se o corpo humano funcionaria normalmente em Marte, o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), juntamente com a Universidade de Washington e a Universidade de Queensland (Austrália), planeja colocar ratos na órbita da Terra.
Paul Wooster, do MIT e gerente do projeto Mars Gravity Biosatellite, explica que a idéia da experiência é desenvolver uma cápsula espacial que rotacionará em um movimento semelhante a uma centrífuga, de forma a simular a gravidade de Marte. O satélite rodará cerca de 34 vezes por minuto, gerando uma gravidade artificial de 0,38 g --a mesma existente em Marte.
A equipe de cientistas espera lançar o "Biosatélite" em 2006. Os ratos serão expostos à gravidade de Marte por cerca de cinco semanas. Após esse período, eles serão trazidos de volta à Terra vivos, segundo Wooster.
Pouso
Os "ratonautas" pousarão de pára-quedas em uma área próxima à Woomera, na Austrália, dentro de uma pequena cápsula remanescente do antigo Apollo, da Nasa (agência espacial norte-americana).
O projeto Biosatélite é a primeira experiência conduzida no nível de gravidade de Marte, de acordo com Wooster. Parcialmente financiado pela Nasa, o projeto "tem um forte envolvimento de estudantes em todos os aspectos, incluindo o planejamento científico, o desenvolvimento da cápsula espacial, levantamento de fundos e gerenciamento de toda a experiência", acrescenta Wooster.
A pesquisa focará nas mudanças e eventuais perdas de densidade óssea, atrofia muscular e alterações no canal auditivo, essencial para o equilíbrio corpóreo.
"Nosso principal objetivo é tentar encontrar um ponto entre a gravidade zero e a gravidade um em que seja possível manter as funções corpóreas", conclui o cientista.
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