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08/03/2004
-
15h24
da Folha Online
Pesquisadores norte-americanos encontraram novos indícios de que a preferência sexual pelo mesmo sexo tem origens biológicas, pelo menos entre os carneiros.
O estudo, publicado na edição de fevereiro do "Jornal de Endocrinologia", mostra que não apenas um grupo de células cerebrais responsável pelo controle do comportamento sexual, como também a anatomia e a produção de hormônios podem determinar se os carneiros adultos preferem as ovelhas ou outros carneiros.
"Nosso trabalho sugere que as preferências sexuais dos animais são determinadas biologicamente e é provável que isso também ocorra em humanos", disse Charles Roselli, pesquisador da Escola de Medicina da Universidade Saúde & Ciência de Oregon, nos Estados Unidos.
Os resultados são comparáveis a estudos anteriores em seres humanos, nos quais foram detectadas diferenças anatômicas entre os cérebros de homens heterossexuais e homossexuais.
Para o estudo, os pesquisadores examinaram oito carneiros que demonstravam preferência por fêmeas, nove carneiros cuja orientação sexual estava direcionada para os machos, além de dez ovelhas.
Os cientistas encontraram um grupo de células compactas no hipotálamo dos animais que denominaram núcleo dimórfico sexual ovino. Este grupo celular apresentou diferença de tamanho nos machos e nas fêmeas. O hipotálamo é a parte do cérebro que controla as atividades metabólicas e as funções reprodutivas.
Nos carneiros que preferiam as fêmeas, essa região do cérebro era significativamente maior e continha mais neurônios do que nos carneiros que preferiam os machos.
Além disso, os machos com atração pelas fêmeas demonstraram um nível maior de aromatase, uma substância que converte o hormônio masculino testosterona em estradiol.
Os níveis desta substância entre as fêmeas e entre os machos com atração por outros machos eram iguais.
De acordo com os pesquisadores, cerca de 8% dos carneiros domésticos demonstram preferência por machos como parceiros sexuais.
Biologia define preferência sexual em carneiros, diz estudo
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Pesquisadores norte-americanos encontraram novos indícios de que a preferência sexual pelo mesmo sexo tem origens biológicas, pelo menos entre os carneiros.
O estudo, publicado na edição de fevereiro do "Jornal de Endocrinologia", mostra que não apenas um grupo de células cerebrais responsável pelo controle do comportamento sexual, como também a anatomia e a produção de hormônios podem determinar se os carneiros adultos preferem as ovelhas ou outros carneiros.
"Nosso trabalho sugere que as preferências sexuais dos animais são determinadas biologicamente e é provável que isso também ocorra em humanos", disse Charles Roselli, pesquisador da Escola de Medicina da Universidade Saúde & Ciência de Oregon, nos Estados Unidos.
Os resultados são comparáveis a estudos anteriores em seres humanos, nos quais foram detectadas diferenças anatômicas entre os cérebros de homens heterossexuais e homossexuais.
Para o estudo, os pesquisadores examinaram oito carneiros que demonstravam preferência por fêmeas, nove carneiros cuja orientação sexual estava direcionada para os machos, além de dez ovelhas.
Os cientistas encontraram um grupo de células compactas no hipotálamo dos animais que denominaram núcleo dimórfico sexual ovino. Este grupo celular apresentou diferença de tamanho nos machos e nas fêmeas. O hipotálamo é a parte do cérebro que controla as atividades metabólicas e as funções reprodutivas.
Nos carneiros que preferiam as fêmeas, essa região do cérebro era significativamente maior e continha mais neurônios do que nos carneiros que preferiam os machos.
Além disso, os machos com atração pelas fêmeas demonstraram um nível maior de aromatase, uma substância que converte o hormônio masculino testosterona em estradiol.
Os níveis desta substância entre as fêmeas e entre os machos com atração por outros machos eram iguais.
De acordo com os pesquisadores, cerca de 8% dos carneiros domésticos demonstram preferência por machos como parceiros sexuais.
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