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23/06/2004
-
05h40
da Folha de S.Paulo
Enquanto não sai do Senado o projeto de Lei de Biossegurança, que na versão atual impediria a produção de células-tronco a partir de embriões humanos, uma pesquisadora da USP não perdeu tempo: importou linhagens dessas células multipotentes dos Estados Unidos. Mas só vai poder descongelá-las e usá-las dentro de aproximadamente um mês, quando e se obtiver autorização para isso do comitê de ética do Instituto de Biociências (IB-USP).
Células-tronco podem em princípio transformar-se em qualquer tipo de célula de um organismo. São por isso tidas como uma linha promissora de pesquisa para a biomedicina, pois os cientistas esperam poder, no futuro, substituir com elas as células que se tornam defeituosas em doenças como diabetes ou mal de Parkinson.
A discussão ética surgiu porque para obtê-las é preciso destruir embriões humanos com uma centena de células (blastocistos).
Lygia da Veiga Pereira, 37, já pesquisava essas células com camundongos. Os estudos envolvem, por exemplo, definir protocolos (seqüências definidas de manipulações) para transformá-las em neurônios e células musculares, imitando processos que ocorrem naturalmente no corpo.
"Eu não destruí embrião nenhum", afirma Veiga Pereira, que espera ver a legislação em estudo modificada. "[Mas] o que a gente puder fazer a gente vai fazer."
Com as células importadas da Universidade Harvard (EUA), Veiga Pereira pretende verificar se esses protocolos funcionam como células humanas, condição necessária para um dia obter terapias celulares a partir de células-tronco. Outro interesse de pesquisa em seu laboratório são os estágios iniciais de desenvolvimento embrionário humano, que segundo a pesquisadora só podem ser estudados com esse tipo de célula.
Especial
Veja o que já foi publicado sobre células-tronco embrionárias
USP importa células embrionárias humanas para continuar pesquisa
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Enquanto não sai do Senado o projeto de Lei de Biossegurança, que na versão atual impediria a produção de células-tronco a partir de embriões humanos, uma pesquisadora da USP não perdeu tempo: importou linhagens dessas células multipotentes dos Estados Unidos. Mas só vai poder descongelá-las e usá-las dentro de aproximadamente um mês, quando e se obtiver autorização para isso do comitê de ética do Instituto de Biociências (IB-USP).
Células-tronco podem em princípio transformar-se em qualquer tipo de célula de um organismo. São por isso tidas como uma linha promissora de pesquisa para a biomedicina, pois os cientistas esperam poder, no futuro, substituir com elas as células que se tornam defeituosas em doenças como diabetes ou mal de Parkinson.
A discussão ética surgiu porque para obtê-las é preciso destruir embriões humanos com uma centena de células (blastocistos).
Lygia da Veiga Pereira, 37, já pesquisava essas células com camundongos. Os estudos envolvem, por exemplo, definir protocolos (seqüências definidas de manipulações) para transformá-las em neurônios e células musculares, imitando processos que ocorrem naturalmente no corpo.
"Eu não destruí embrião nenhum", afirma Veiga Pereira, que espera ver a legislação em estudo modificada. "[Mas] o que a gente puder fazer a gente vai fazer."
Com as células importadas da Universidade Harvard (EUA), Veiga Pereira pretende verificar se esses protocolos funcionam como células humanas, condição necessária para um dia obter terapias celulares a partir de células-tronco. Outro interesse de pesquisa em seu laboratório são os estágios iniciais de desenvolvimento embrionário humano, que segundo a pesquisadora só podem ser estudados com esse tipo de célula.
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