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24/08/2004
-
16h31
da Agência Lusa
Fósforo existente em meteoritos que atingiram a superfície da Terra desempenhou um papel chave no aparecimento da vida há milhões de anos, afirmam cientistas norte-americanos da Universidade do Arizona.
Numa conferência da Sociedade Química dos EUA, os cientistas explicaram que esses meteoritos, especialmente aqueles com alto nível de ferro, foram a fonte do fósforo que deu origem às biomoléculas que se transformaram em organismos com vida depois de milhões de anos de evolução.
O fósforo é a "coluna vertebral" do DNA, porque liga as bases genéticas das moléculas, sendo também vital no metabolismo, pois está na estrutura de todo ser vivo através do trifosfato de adenosina, parte das paredes celulares e dos ossos dos vertebrados.
Fonte do fósforo
Segundo Matthew Pasek, do Departamento de Ciências Planetárias da Universidade do Arizona, "o fósforo é o quinto elemento biológico mais importante depois de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio [em termos de massa]".
Apesar de existir na natureza terrestre, até agora era um mistério a fonte do fósforo que deu origem à vida em nosso planeta, disse.
Como prova da escassa existência do fósforo, Pasek indicou que, na Terra, a cada átomo de fósforo, existem cerca de 2,8 milhões de átomos de hidrogênio e 1.400 de oxigênio e de nitrogênio.
"Uma vez que o fósforo é muito mais raro no ambiente, compreender o seu comportamento nos primeiros momentos da Terra nos dá uma pista sobre a origem da vida", explicou.
Corrosão
A investigação de Pasek sobre a influência do fósforo na origem da vida na Terra foi realizada em conjunto com Dante Lauretta, professor auxiliar de Ciências Planetárias e um dos primeiros a sustentar a teoria.
Em experiências anteriores, Lauretta tinha demonstrado a existência de altas concentrações de fósforo em compostos metálicos corroídos durante as primeiras fases do Sistema Solar.
"Este mecanismo natural de concentração fosfática na presença de um catalisador orgânico me fez pensar que a corrosão aquosa dos minerais de um meteorito poderia conduzir à formação de importantes biomoléculas com fósforo", disse Lauretta.
Os meteoritos foram cruciais na evolução da vida porque alguns minerais, especialmente os compostos de fósforo e oxigênio, atuam na fotossíntese, na formação de ligações orgânicas e numa variedade de processos bioquímicos, disse Pasek.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre a Universidade do Arizona
Fósforo de meteoritos foi essencial ao surgimento da vida na Terra
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Fósforo existente em meteoritos que atingiram a superfície da Terra desempenhou um papel chave no aparecimento da vida há milhões de anos, afirmam cientistas norte-americanos da Universidade do Arizona.
Numa conferência da Sociedade Química dos EUA, os cientistas explicaram que esses meteoritos, especialmente aqueles com alto nível de ferro, foram a fonte do fósforo que deu origem às biomoléculas que se transformaram em organismos com vida depois de milhões de anos de evolução.
O fósforo é a "coluna vertebral" do DNA, porque liga as bases genéticas das moléculas, sendo também vital no metabolismo, pois está na estrutura de todo ser vivo através do trifosfato de adenosina, parte das paredes celulares e dos ossos dos vertebrados.
Fonte do fósforo
Segundo Matthew Pasek, do Departamento de Ciências Planetárias da Universidade do Arizona, "o fósforo é o quinto elemento biológico mais importante depois de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio [em termos de massa]".
Apesar de existir na natureza terrestre, até agora era um mistério a fonte do fósforo que deu origem à vida em nosso planeta, disse.
Como prova da escassa existência do fósforo, Pasek indicou que, na Terra, a cada átomo de fósforo, existem cerca de 2,8 milhões de átomos de hidrogênio e 1.400 de oxigênio e de nitrogênio.
"Uma vez que o fósforo é muito mais raro no ambiente, compreender o seu comportamento nos primeiros momentos da Terra nos dá uma pista sobre a origem da vida", explicou.
Corrosão
A investigação de Pasek sobre a influência do fósforo na origem da vida na Terra foi realizada em conjunto com Dante Lauretta, professor auxiliar de Ciências Planetárias e um dos primeiros a sustentar a teoria.
Em experiências anteriores, Lauretta tinha demonstrado a existência de altas concentrações de fósforo em compostos metálicos corroídos durante as primeiras fases do Sistema Solar.
"Este mecanismo natural de concentração fosfática na presença de um catalisador orgânico me fez pensar que a corrosão aquosa dos minerais de um meteorito poderia conduzir à formação de importantes biomoléculas com fósforo", disse Lauretta.
Os meteoritos foram cruciais na evolução da vida porque alguns minerais, especialmente os compostos de fósforo e oxigênio, atuam na fotossíntese, na formação de ligações orgânicas e numa variedade de processos bioquímicos, disse Pasek.
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