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24/11/2000
-
03h51
A publicação da portaria interministerial sobre a rotulagem dos transgênicos não é uma questão urgente para o governo. Ela depende de uma reunião, sem data marcada, entre os ministros de Agricultura,
Ciência e Tecnologia, Saúde e Justiça, para acertar detalhes técnicos do
texto final.
"Não há motivos para correr com isso, já que não existe nenhum transgênico aprovado para consumo humano no Brasil", diz a assessora do Ministério da Ciência e Tecnologia Simone Scholze.
Deverão ser rotulados os produtos que contenham OGMs (organismos geneticamente modificados), mas não seus derivados.
"Ninguém vai rotular a batata Pringles (produto à venda no Brasil em que se detectaram OGMs), nem o frango que comeu milho transgênico, pois não há traços detectáveis de DNA neles", diz.
Para o MCT, a rotulagem dos derivados é um processo caro, que exige a análise de toda a cadeia de produção industrial.
Para rotular esses derivados, seria preciso segregar todos os organismos transgênicos dos não-transgênicos, desde o momento do plantio até armazenagem, transporte e processamento.
OGMs serão rotulados caso a caso, à medida que forem liberados pela CTNBio. O primeiro deverá ser a soja Roundup Ready, da Monsanto, que tem parecer favorável da comissão, contestado na Justiça pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
"Rotulagem não é atestado de segurança", advertiu Lúcia Aleixo, secretária-executiva da CTNBio. "É direito do consumidor. O que garante a segurança é a liberação pela comissão." (CA)
Participe do grupo de discussão sobre transgênicos
Para governo federal, rotulagem de transgênicos não é prioridade
da Folha de S.PauloA publicação da portaria interministerial sobre a rotulagem dos transgênicos não é uma questão urgente para o governo. Ela depende de uma reunião, sem data marcada, entre os ministros de Agricultura,
Ciência e Tecnologia, Saúde e Justiça, para acertar detalhes técnicos do
texto final.
"Não há motivos para correr com isso, já que não existe nenhum transgênico aprovado para consumo humano no Brasil", diz a assessora do Ministério da Ciência e Tecnologia Simone Scholze.
Deverão ser rotulados os produtos que contenham OGMs (organismos geneticamente modificados), mas não seus derivados.
"Ninguém vai rotular a batata Pringles (produto à venda no Brasil em que se detectaram OGMs), nem o frango que comeu milho transgênico, pois não há traços detectáveis de DNA neles", diz.
Para o MCT, a rotulagem dos derivados é um processo caro, que exige a análise de toda a cadeia de produção industrial.
Para rotular esses derivados, seria preciso segregar todos os organismos transgênicos dos não-transgênicos, desde o momento do plantio até armazenagem, transporte e processamento.
OGMs serão rotulados caso a caso, à medida que forem liberados pela CTNBio. O primeiro deverá ser a soja Roundup Ready, da Monsanto, que tem parecer favorável da comissão, contestado na Justiça pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
"Rotulagem não é atestado de segurança", advertiu Lúcia Aleixo, secretária-executiva da CTNBio. "É direito do consumidor. O que garante a segurança é a liberação pela comissão." (CA)
Participe do grupo de discussão sobre transgênicos
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