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24/09/2004
-
15h24
da Agência Lusa, em Boston (EUA)
Cientistas norte-americanos serviram-se de espinafres para aproveitar pela primeira vez a capacidade da planta em converter luz solar em energia, criando um engenho que um dia poderá fazer funcionar celulares e computadores portáteis.
A fotossíntese, processo pelo qual as plantas transformam luz em energia --ao contrário dos animais, que precisam de comer para a conseguir-- já é conhecida há muito tempo pelos cientistas.
Porém, as tentativas de combinar o orgânico ao eletrônico falharam sempre: isolar as proteínas da planta que captam a energia dos raios solares causa-lhes a morte, e injetar-lhes água e sal para as manter vivas estraga os equipamentos eletrônicos.
No entanto, Shuguang Zhang, diretor adjunto do Centro de Engenharia Biomédica do MIT (Massachusetts Institute of Technology), descobriu que blocos de proteínas chamados péptidos detergentes podem ser manipulados de modo a manter as proteínas vivas e em contato com eletrônicos durante três semanas.
Além do espinafre, outras plantas servem para este objetivo. Segundo Zhang, o vegetal foi escolhido apenas por ser "barato e disponível no mercado".
Vantagens
As possíveis aplicações práticas da descoberta estão uns dez anos à frente, mas as vantagens que oferece são consideráveis: leveza, portabilidade e baixo impacto ambiental, fontes ligadas ao projeto. "Não há desperdício", referiu Zhang.
Os pesquisadores sugerem que esta tecnologia possa ser usada para fornecer energia a aparelhos portáteis alimentados por baterias.
Neste estudo --publicado na NanoLetters, da American Chemical Society--, Zhang trabalhou com cientistas do MIT, da Universidade do Tennessee e do laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, entre os quais engenheiros eletrotécnicos, peritos em nanotecnologia e biólogos.
Especial
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Fotossíntese poderá carregar aparelhos eletrônicos em dez anos
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Cientistas norte-americanos serviram-se de espinafres para aproveitar pela primeira vez a capacidade da planta em converter luz solar em energia, criando um engenho que um dia poderá fazer funcionar celulares e computadores portáteis.
A fotossíntese, processo pelo qual as plantas transformam luz em energia --ao contrário dos animais, que precisam de comer para a conseguir-- já é conhecida há muito tempo pelos cientistas.
Porém, as tentativas de combinar o orgânico ao eletrônico falharam sempre: isolar as proteínas da planta que captam a energia dos raios solares causa-lhes a morte, e injetar-lhes água e sal para as manter vivas estraga os equipamentos eletrônicos.
No entanto, Shuguang Zhang, diretor adjunto do Centro de Engenharia Biomédica do MIT (Massachusetts Institute of Technology), descobriu que blocos de proteínas chamados péptidos detergentes podem ser manipulados de modo a manter as proteínas vivas e em contato com eletrônicos durante três semanas.
Além do espinafre, outras plantas servem para este objetivo. Segundo Zhang, o vegetal foi escolhido apenas por ser "barato e disponível no mercado".
Vantagens
As possíveis aplicações práticas da descoberta estão uns dez anos à frente, mas as vantagens que oferece são consideráveis: leveza, portabilidade e baixo impacto ambiental, fontes ligadas ao projeto. "Não há desperdício", referiu Zhang.
Os pesquisadores sugerem que esta tecnologia possa ser usada para fornecer energia a aparelhos portáteis alimentados por baterias.
Neste estudo --publicado na NanoLetters, da American Chemical Society--, Zhang trabalhou com cientistas do MIT, da Universidade do Tennessee e do laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, entre os quais engenheiros eletrotécnicos, peritos em nanotecnologia e biólogos.
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