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15/10/2004
-
14h20
da Folha Online
Um terço das espécies de anfíbios --entre sapos, pererecas e salamandras de todo o mundo-- corre perigo de extinção, revela estudo publicado pela revista "Science".
As espécies mais ameaçadas estão na América Latina. Ao total, 1.856 espécies de anfíbio pelo globo correm perigo de sumir. São 110 só no Brasil. No Haiti, o país mais pobre da região, 92% das suas espécies correm perigo de extinção.
Participaram da avaliação mais de 500 cientistas de 60 países. Eles estudaram 5.743 espécies nos últimos três anos e chegaram à conclusão que 32% delas corre risco.
Os anfíbios são tidos como os primeiros organismos biológicos avançados a sofrer os problemas das alterações climáticas, principalmente as que afetam a água e o ar.
"Os anfíbios são o melhor indicador que a natureza tem sobre a saúde ambiental", diz Russel Mittermeier, presidente da organização ecológica Conservation International.
"O seu catastrófico declínio constitui uma mensagem de advertência no sentido de que estamos num importante período de degradação.".
O estudo constata ainda que pelo menos nove espécies de anfíbios desapareceram da face do planeta desde 1980, quando se iniciaram as alterações climáticas mais importantes.
Além destas, há outras 113 espécies que não têm sido vistas nos últimos anos e que estarão também possivelmente extintas.
Ameaças
Tanto no território continental americano como no Caribe e na Austrália, os anfíbios são afetados por uma doença infecciosa chamada quitridiomicosis, que poderá estar ligada à seca.
Todavia, na maioria dos casos a ameaça maior é a destruição do habitat, a contaminação da água e do ar.
"Como a maioria dos anfíbios depende da água doce para viver e sente os efeitos da poluição antes de outras formas de vida, incluindo a humana, o seu rápido declínio diz-nos que um dos sistemas cruciais de apoio à vida neste planeta está desmoronando", comentou Simon Stuard, que coordenou a pesquisa.
"Já sabíamos que os anfíbios tinham problemas, mas esta avaliação elimina qualquer dúvida sobre a magnitude deles", disse Bruce Young, zoólogo do grupo ecologista NatureServe.
Para Trevor Beebee, da Universidade de Sussex, na Inglaterra, os anfíbios podem representar um tipo de aviso semelhante ao dos canários que os mineiros costumavam levar consigo --essas aves são sensíveis aos gases perigosos que podem surgir nas minas.
Com agências internacionais
Especial
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Um terço das espécies de anfíbios corre perigo de extinção
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Um terço das espécies de anfíbios --entre sapos, pererecas e salamandras de todo o mundo-- corre perigo de extinção, revela estudo publicado pela revista "Science".
As espécies mais ameaçadas estão na América Latina. Ao total, 1.856 espécies de anfíbio pelo globo correm perigo de sumir. São 110 só no Brasil. No Haiti, o país mais pobre da região, 92% das suas espécies correm perigo de extinção.
Participaram da avaliação mais de 500 cientistas de 60 países. Eles estudaram 5.743 espécies nos últimos três anos e chegaram à conclusão que 32% delas corre risco.
Os anfíbios são tidos como os primeiros organismos biológicos avançados a sofrer os problemas das alterações climáticas, principalmente as que afetam a água e o ar.
"Os anfíbios são o melhor indicador que a natureza tem sobre a saúde ambiental", diz Russel Mittermeier, presidente da organização ecológica Conservation International.
"O seu catastrófico declínio constitui uma mensagem de advertência no sentido de que estamos num importante período de degradação.".
O estudo constata ainda que pelo menos nove espécies de anfíbios desapareceram da face do planeta desde 1980, quando se iniciaram as alterações climáticas mais importantes.
Além destas, há outras 113 espécies que não têm sido vistas nos últimos anos e que estarão também possivelmente extintas.
Ameaças
Tanto no território continental americano como no Caribe e na Austrália, os anfíbios são afetados por uma doença infecciosa chamada quitridiomicosis, que poderá estar ligada à seca.
Todavia, na maioria dos casos a ameaça maior é a destruição do habitat, a contaminação da água e do ar.
"Como a maioria dos anfíbios depende da água doce para viver e sente os efeitos da poluição antes de outras formas de vida, incluindo a humana, o seu rápido declínio diz-nos que um dos sistemas cruciais de apoio à vida neste planeta está desmoronando", comentou Simon Stuard, que coordenou a pesquisa.
"Já sabíamos que os anfíbios tinham problemas, mas esta avaliação elimina qualquer dúvida sobre a magnitude deles", disse Bruce Young, zoólogo do grupo ecologista NatureServe.
Para Trevor Beebee, da Universidade de Sussex, na Inglaterra, os anfíbios podem representar um tipo de aviso semelhante ao dos canários que os mineiros costumavam levar consigo --essas aves são sensíveis aos gases perigosos que podem surgir nas minas.
Com agências internacionais
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