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28/10/2004 - 13h48

Sonda Cassini-Huygens se aproxima de outra lua de Saturno

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da France Presse, em Washington (EUA)

A sonda espacial Cassini-Huygens, que ontem chegou bem perto da maior lua de Saturno, chamada Titã, dirige-se agora para outro satélite natural do planeta dos anéis.

Às 7h30 de sexta-feira, a sonda estará a 246 mil quilômetros de Tétis, esfera de gelo de cerca de mil quilômetros de diâmetro e que tem em um de seus hemisférios uma cratera de 240 quilômetros de diâmetro, chamada Odisseu, com uma elevação central que lembra um gigantesco furúnculo. Saturno tem 34 satélites conhecidos.

Na madrugada de quarta, a Cassini-Huygens começou a transmitir fotos em primeiro plano de Titã, única lua de todo o sistema solar com uma atmosfera densa. Segundo a Nasa (agência espacial norte-americana), a câmera instalada na sonda tirou cerca de 500 fotos do satélite.

Os sinais da Cassini-Huygens demoram 74 minutos para cruzar os 2,1 bilhões de quilômetros que separam a sonda da Terra.

A nave, que entrou na órbita de Saturno em 30 de junho, depois de uma viagem de sete anos, passou às 13h44 de ontem a apenas 1.200 quilômetros de Titã, "praticamente encostando na atmosfera", a uma velocidade relativa de 21.800 km/h, segundo a ESA (agência espacial européia).

Dois em um

A sonda norte-americana Cassini ficará na órbita de Saturno por quatro anos para estudar a atmosfera do gigantesco planeta, seus anéis e sete de seus satélites naturais: Titã, Tétis, Dione, Rhea, Hyperion, Mimas e Epimeteu.

A sonda Huygens, parte européia do projeto, se desprenderá da Cassini no dia 25 de dezembro, pouco antes do segundo encontro com Titã, e iniciará um pouso lento em sua superfície, operação que, se tudo correr bem, deverá ser concluída em 14 de janeiro de 2005.

Não está prevista nenhuma descida a Saturno, pois a atmosfera deste enorme planeta gera pressões muito superiores às registradas no fundo do mar, e a tecnologia atual é incapaz de produzir artefatos que a suportem.

Com diâmetro superior a 120 mil quilômetros, o planeta tem superfície equivalente a 83 mil vezes a da Terra, mas é quase totalmente formado por gases, a ponto de sua densidade média total ser inferior a 1 (a da água destilada).

A Cassini-Huygens é o primeiro artefato humano a entrar na órbita de Saturno, uma manobra complicada, pois para frear a sonda teve que entrar numa órbita calculada milimetricamente 7 anos e bilhões de quilômetros antes.

Uma órbita a poucos quilômetros de distância de Saturno teria mandado a sonda para fora do sistema solar. Alguns quilômetros mais perto, a teria mandado para a destruição contra a superfície do planeta.

Antes da viagem da Cassini-Huygens, Saturno foi fotografado à distância por duas sondas Pioneer e duas Voyager, que passaram perto do planeta e usaram seu campo gravitacional para impulsioná-las para fora do sistema solar.

Especial
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