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23/12/2004 - 16h31

Poluição ameaça futuro da Floresta Negra, na Alemanha

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MORGAN HAMON
da France Presse, em Freiburg

O cientista alemão Klaus von Wilpert define como preocupante o fato de haver algumas árvores ressecadas em meio à floresta em bom estado, claro sintoma da deterioração que sofre a Floresta Negra, no oeste da Alemanha.

"Este é o efeito mais visível da poluição. Estas árvores ficaram amarelas no outono antes de perder sua folhagem de forma progressiva", explica o pesquisador do FVA (Departamento Alemão de Bosques), encarregado da vigilância da Floresta Negra.

O Ministério alemão da Agricultura deu o alerta ao publicar um documento em meados de dezembro: os bosques alemães nunca estiveram em situação tão crítica, com um quarto das árvores destruídas. O número das plantas com danos graves aumentou 8% em relação a 2003.

A situação é particularmente preocupante na Floresta Negra, que teria perdido 40% de sua área, um recorde desde 1983.

Este ano, a proporção de árvores em mau estado nesta região aumentou 10% em relação a 2003, especialmente durante a seca do verão, cujos efeitos foram sentidos com um ligeiro atraso.

"Não há como negar a realidade: a Floresta Negra é uma região historicamente frágil, sobretudo na parte ocidental, que recebe as emissões de poluentes do vale do Reno", diz Von Wilpert.

O solo apresenta níveis altos de produtos ácidos, nitrogênio, nitratos ou amônia, emitidos pelas indústrias e pelo tráfego de automóveis no vale. As principais vítimas são as árvores de raízes pouco profundas, que absorvem o essencial dos resíduos industriais.

O fenômeno é ainda mais crítico em Erzgebirge, região rica em metais, que recebe os resíduos das indústrias da Polônia e da República Tcheca, países vizinhos.

Se a FVA destaca o tráfego de automóveis e a atividade industrial no vale do Reno, por outro lado, também reconhece uma parte de sua própria responsabilidade por ter plantado entre 1950 e 1970 árvores que não se adaptavam à região.

Hoje, a FVA faz aplicações de magnésio no local para neutralizar a acidez do solo. Além disso, deu prioridade à plantação de carvalhos, consideradas árvores resistentes.

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