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10/01/2005 - 14h23

Ratos são capazes de distinguir idiomas, mostra pesquisa

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da Agência Lusa

A capacidade de reconhecer diferentes idiomas não é exclusiva do homem, concluiu o cientista colombiano Juan Manuel Toro, autor de um trabalho que demonstra que ratos conseguem distinguir o holandês do japonês.

O estudo --realizado pelo Grupo de Investigações de Neurociência Cognitiva do Departamento de Psicologia Básica da Universidade de Barcelona e publicado no "Journal of Experimental Psychology"-- demonstra que os seres humanos e os primatas não são os únicos animais com capacidade para a linguagem.

Manuel Toro, coordenador do estudo, explicou à agência de notícias espanhola "EFE" que a idéia de realizar a experiência surgiu na seqüência de um outro trabalho realizado há dois anos na França e nos Estados Unidos com bebês de poucos dias e macacos.

Na ocasião, os investigadores concluíram que tantos os bebês como os macacos eram capazes de distinguir os idiomas francês e inglês.

Este trabalho demonstra pela primeira vez que um animal não primata é capaz de identificar a entonação e o ritmo de duas línguas tão diferentes como o holandês e o japonês. Essa característica, afirma o cientista, seria comum a todos os mamíferos.

Na experiência, alguns ratos foram treinados para pressionar um botão quando ouviam uma frase de cinco segundos em holandês e a não fazê-lo quando a frase era em japonês, e vice-versa. Os cientistas escolheram essas línguas porque pertencem a famílias lingüísticas diferentes com um ritmo muito distinto.

Usando a comida como recompensa, o cientista utilizou posteriormente novas frases nestes dois idiomas, às quais os ratinhos reagiram corretamente. Os pesquisadores constataram que os animais conseguem discernir em que língua se pronuncia uma frase.

Na experiência foram utilizados 64 ratos adultos separados em quatro grupos: um ouvia cada idioma falado por um nativo, outro ouvia um discurso sintetizado, o terceiro ouvia frases lidas em ambos idiomas e o quarto ouvia os idiomas reproduzidos ao contrário.

Neste último caso, os ratinhos, os macacos e seres humanos não conseguem distinguir as frases.

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