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13/05/2005
-
10h10
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
Pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) derruba o mito de que poluição do ar está relacionada principalmente à existência de fábricas, indústrias e ao excesso de veículos nas ruas.
Para a maioria dos gestores brasileiros de meio ambiente, as queimadas e a poeira das vias não-pavimentadas são os principais fatores responsáveis pela poluição do ar no país.
O estudo analisou as respostas dos 5.560 municípios brasileiros. A poluição do ar atinge 22% dos municípios. As localidades que enfrentam o problema concentram quase metade da população (85 milhões) e 54% dos municípios afetados estão localizados no Sudeste.
Embora a industrialização tenha um peso forte na poluição das grandes metrópoles, as causas mais apontadas foram: queimadas (64%), vias não pavimentadas (41%), atividade industrial (38%), atividade agropecuária, com poeira, pulverização de agrotóxicos (31%) e veículos (26%).
Segundo o Anuário Estatístico dos Transportes de 2001, a malha rodoviária brasileira tinha mais de 1,7 milhão de quilômetros, mas apenas 10% estavam pavimentados.
Na maioria dos casos, a poluição do ar é resultado de fatores múltiplos. Em 70% dos municípios, o problema é causado por dois ou mais fatores, a média é de 2,5 razões.
Apenas Ipojuca, no Pernambuco, apresentou todas as nove causas de poluição atmosférica: agropecuária, indústrias, queima de lixo, mineração, odores de lixo, queimadas, termelétrica, veículos automotores e vias não pavimentadas.
As queimadas predominam entre as cidades menores, elas atingem 61% das localidades com até 20 mil habitantes. Entre os municípios de 20 mil a 100 mil moradores, este percentual sobe para 69%.
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, as queimadas ficam em terceiro lugar no ranking de causas, atrás da atividade industrial e dos veículos automotores.
Em números absolutos, a poluição do ar afeta 21% dos municípios do Nordeste e 19% do Sudeste.
A poluição do ar é ainda mais freqüente entre as grandes cidades e atinge 75% dos 33 municípios com mais de 500 mil moradores.
Neste grupo, as prefeituras de Manaus, Belém, Teresina, Natal, Recife, Maceió, Curitiba e Porto Alegre informaram não ter poluição atmosférica significativa, embora pelo menos três (Recife, Curitiba e Porto Alegre) sejam conhecidos como municípios que enfrentam problemas de qualidade do ar.
Entre os municípios que relataram sofrer com a poluição do ar, 57% afirmaram ter legislação ambiental específica sobre qualidade do ar, 16% disseram que fazem o licenciamento ambiental de atividades potencialmente poluidoras e 14% afirmaram já ter cassado a licença de funcionamento de atividades poluidoras.
O destaque no combate à poluição é o Estado do Rio, onde 55% dos municípios que apresentam o problema já suspenderam temporariamente o funcionamento de atividades poluidoras.
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Queimadas e vias não-pavimentadas poluem mais que carros e fábricas
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da Folha Online, no Rio
Pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) derruba o mito de que poluição do ar está relacionada principalmente à existência de fábricas, indústrias e ao excesso de veículos nas ruas.
Para a maioria dos gestores brasileiros de meio ambiente, as queimadas e a poeira das vias não-pavimentadas são os principais fatores responsáveis pela poluição do ar no país.
O estudo analisou as respostas dos 5.560 municípios brasileiros. A poluição do ar atinge 22% dos municípios. As localidades que enfrentam o problema concentram quase metade da população (85 milhões) e 54% dos municípios afetados estão localizados no Sudeste.
Embora a industrialização tenha um peso forte na poluição das grandes metrópoles, as causas mais apontadas foram: queimadas (64%), vias não pavimentadas (41%), atividade industrial (38%), atividade agropecuária, com poeira, pulverização de agrotóxicos (31%) e veículos (26%).
Segundo o Anuário Estatístico dos Transportes de 2001, a malha rodoviária brasileira tinha mais de 1,7 milhão de quilômetros, mas apenas 10% estavam pavimentados.
Na maioria dos casos, a poluição do ar é resultado de fatores múltiplos. Em 70% dos municípios, o problema é causado por dois ou mais fatores, a média é de 2,5 razões.
Apenas Ipojuca, no Pernambuco, apresentou todas as nove causas de poluição atmosférica: agropecuária, indústrias, queima de lixo, mineração, odores de lixo, queimadas, termelétrica, veículos automotores e vias não pavimentadas.
As queimadas predominam entre as cidades menores, elas atingem 61% das localidades com até 20 mil habitantes. Entre os municípios de 20 mil a 100 mil moradores, este percentual sobe para 69%.
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, as queimadas ficam em terceiro lugar no ranking de causas, atrás da atividade industrial e dos veículos automotores.
Em números absolutos, a poluição do ar afeta 21% dos municípios do Nordeste e 19% do Sudeste.
A poluição do ar é ainda mais freqüente entre as grandes cidades e atinge 75% dos 33 municípios com mais de 500 mil moradores.
Neste grupo, as prefeituras de Manaus, Belém, Teresina, Natal, Recife, Maceió, Curitiba e Porto Alegre informaram não ter poluição atmosférica significativa, embora pelo menos três (Recife, Curitiba e Porto Alegre) sejam conhecidos como municípios que enfrentam problemas de qualidade do ar.
Entre os municípios que relataram sofrer com a poluição do ar, 57% afirmaram ter legislação ambiental específica sobre qualidade do ar, 16% disseram que fazem o licenciamento ambiental de atividades potencialmente poluidoras e 14% afirmaram já ter cassado a licença de funcionamento de atividades poluidoras.
O destaque no combate à poluição é o Estado do Rio, onde 55% dos municípios que apresentam o problema já suspenderam temporariamente o funcionamento de atividades poluidoras.
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