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07/06/2005
-
09h30
da Folha de S.Paulo
Um experimento feito por neurocientistas australianos com o patrocínio de ninguém menos que o Dalai Lama indica que a meditação praticada por monges budistas tibetanos não é só um estado de espírito: ela influencia também a percepção visual, o que pode ajudar os pesquisadores a entender a consciência.
O grupo de Olivia Carter, da Universidade de Queensland, muniu 76 monges em mosteiros e retiros espirituais do Himalaia e da Índia com óculos especiais e computadores. A idéia era testar como a meditação afeta o estado de atenção do indivíduo durante um fenômeno conhecido como rivalidade perceptiva.
O nome serve para designar uma sensação comum: as mudanças involuntárias de imagem que você percebe, por exemplo, ao olhar para um cubo desenhado numa folha de papel: a "frente" do cubo parece mudar o tempo todo.
Os óculos projetavam imagens que causavam rivalidade de percepção, e os monges tinham de dizer o que viam na projeção. Eles foram testados de acordo com o tipo de meditação praticado: a "compassiva", na qual se pensa no sofrimento e se emana bondade, e a "pontual", na qual a mente focaliza um único objeto.
Os pesquisadores descobriram que a prática da meditação "compassiva" não alterava a troca involuntária das imagens. A "pontual", no entanto, fazia com que os monges fixassem a imagem dominante por 4,1 segundos --contra 2,6 segundos de pessoas que nunca haviam meditado.
Um dos monges fixou a visão em um ponto por 12 minutos. O resultado sugere que mecanismos neurais de alto nível influenciam a percepção visual e que a meditação pode alterar substancialmente a consciência.
Especial
Leia o que foi publicado sobre meditação
Meditação afeta percepção visual, sugere experimento com monges
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Um experimento feito por neurocientistas australianos com o patrocínio de ninguém menos que o Dalai Lama indica que a meditação praticada por monges budistas tibetanos não é só um estado de espírito: ela influencia também a percepção visual, o que pode ajudar os pesquisadores a entender a consciência.
O grupo de Olivia Carter, da Universidade de Queensland, muniu 76 monges em mosteiros e retiros espirituais do Himalaia e da Índia com óculos especiais e computadores. A idéia era testar como a meditação afeta o estado de atenção do indivíduo durante um fenômeno conhecido como rivalidade perceptiva.
O nome serve para designar uma sensação comum: as mudanças involuntárias de imagem que você percebe, por exemplo, ao olhar para um cubo desenhado numa folha de papel: a "frente" do cubo parece mudar o tempo todo.
Os óculos projetavam imagens que causavam rivalidade de percepção, e os monges tinham de dizer o que viam na projeção. Eles foram testados de acordo com o tipo de meditação praticado: a "compassiva", na qual se pensa no sofrimento e se emana bondade, e a "pontual", na qual a mente focaliza um único objeto.
Os pesquisadores descobriram que a prática da meditação "compassiva" não alterava a troca involuntária das imagens. A "pontual", no entanto, fazia com que os monges fixassem a imagem dominante por 4,1 segundos --contra 2,6 segundos de pessoas que nunca haviam meditado.
Um dos monges fixou a visão em um ponto por 12 minutos. O resultado sugere que mecanismos neurais de alto nível influenciam a percepção visual e que a meditação pode alterar substancialmente a consciência.
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