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28/06/2005 - 16h22

"Ainda não comeria soja transgênica", diz físico Marcelo Gleiser

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MARY PERSIA
da Folha Online

Perguntado se comeria alimentos transgênicos, o físico Marcelo Gleiser
respondeu que "ainda não". Gleiser, colunista da Folha desde 1997 e professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA), é o
convidado da sabatina promovida pela Folha que ocorre neste momento em São Paulo.

"É preciso ter um certo cuidado", avaliou Gleiser sobre a questão dos
transgênicos. "O problema é simples: com a engenharia genética, você
introduz uma nova entidade em um sistema ecológico que tem um certo
equilíbrio", continuou o físico.

Segundo Gleiser, um estudo controverso da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, mostrou que as larvas da borboleta monarca --símbolo
do orgulho ecológico dos norte-americanos--, quando se alimentam de milho transgênico, morrem em uma quantidade muito maior do que o normal.

"Isso mostra que há uma reação em cadeia. Se a larva morre, a borboleta não se desenvolve e os sapos que se alimentam dessas borboletas não têm mais o que comer, criando uma reação que pode ser séria e perigosa."

Mas, para o físico, acabar com as pesquisas científicas relativas aos
transgênicos não é o caminho. "Uma vez que se cria conhecimento, não se volta atrás. Ele vai escapar, de uma forma ou outra. O que talvez precise ser feito é um controle mais inteligente e sério de como esse tipo de nova forma de vida está sendo inserida na ecologia."

Leia mais
  • Livro de Marcelo Gleiser reúne textos publicados no caderno "Mais!"

    Especial
  • Leia alguns artigos do físico Marcelo Gleiser
  • Leia o que foi publicado na especial sobre as sabatinas na Folha
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